Fígado e baço de hospedeiros de Rhipicephalus linnaei expostos aos acaricidas sintético (afoxolaner) e natural (ésteres do óleo de mamona). Estudo clínico-morfológico comparativo

Resumo

Carrapatos Rhipicephalus linnaei transmitem patógenos como Ehrlichia canis, Babesia vogeli e Hepatozoon canis, para os cães. O mercado veterinário dispõe de acaricidas sintéticos para o controle desses ectoparasitas. Ésteres derivados do óleo de mamona são eficientes, mas há pouca informação sobre seus efeitos em organismos não-alvos. Esse trabalho objetivou analisar clínica (AST, ALT e ALP), histológica e histoquímicamente (fígado e baço) coelhas expostas aos ésteres e ao afoxolaner, tendo sido as mesmas alocadas nos grupos: Controle (GC) que recebeu ração Bandeirante®; Tratamento 1 (TG1), além da ração foram expostas ao afoxolaner, Tratamento 2 (TG2) receberam ração enriquecida com os ésteres (1,75 g ésteres/kg). Não houve alterações nas enzimas AST, ALT e ALP na exposição aos ésteres (TG2). No TG1 houve alterações na AST. O fígado das coelhas do TG1 apresentou alterações histológicas e histoquímicas, tais como esteatose e vacuolização, bem como fraca marcação de proteínas. Polissacarídeos foi intensamente marcados no fígado do TG2. O baço não apresentou alterações em nenhum dos grupos. Os ésteres do óleo de mamona causaram menos alterações hepáticas nas coelhas do que quando elas foram expostas ao afoxolaner.

Palavras-chave:
Carrapato vermelho do cão; produto natural; Ricinus communis; isoxazolina; Nexgard®