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Pesquisa de anticorpos anti-Toxoplasma gondii em mamíferos silvestres em áreas de Mata Atlântica da Bahia, nordeste do Brasil

Resumo

O objetivo deste trabalho foi investigar a frequência de anticorpos anti-Toxoplasma gondii presentes em mamíferos selvagens, capturados em fragmentos florestais do Estado da Bahia, Nordeste do Brasil. Um total de 368 indivíduos (246 roedores, 104 marsupiais e 18 morcegos) foram capturados, usando-se armadilhas de captura viva. Os soros foram testados pelo teste de aglutinação modificada, com ponto de corte na diluição de 1:25. A ocorrência total de anticorpos anti-T. gondii foi de 10,6% (39/368), sendo 16,3% (17/104) em marsupiais, 8,5% (21/246) em roedores e 5,5% (1/18) em morcegos. Os títulos variaram de 25 a 50 e 25 a 400, respectivamente, para roedores e marsupiais, e o título máximo em morcegos foi de 25. Este é o primeiro relato de anticorpos para T. gondii em algumas espécies de roedores (Thaptomys nigrita, Hylaeamys laticeps e Cerradomys subflavus), em marsupiais (Monodelphis americana, Gracilinanus microtarsus, Gracilinanus agilis e Marmosops incanus) e em quiróptero do gênero Rhynchonycteris. A presença de anticorpos anti–T. gondii em mamíferos selvagens demonstra a possibilidade desses animais como sentinelas da toxoplasmose, principalmente em regiões com alto efeito antropogênico.

Palavras-chave:
Toxoplasmose; animais silvestres; sorologia; MAT

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