Acessibilidade / Reportar erro

Reabilitação

DIRETRIZES GUIDELINES

Reabilitação

Hamid Alexandre Cecin

Professor Titular da Disciplina de Reumatologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Consultor ad hoc, na área de medicina, do CNPq (1995-2000). Fisiatra titulado pela SBMFR/AMB

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Hamid Alexandre Cecin Rua Nacib Cury, 419, São Sebastião 38060-380, Uberaba, MG e-mail: hamid@colunanet.com.br

EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS NAS LOMBALGIAS: EXISTEM OU NÃO?

A heterogeneidade das pesquisas e relatos publicados até hoje, a elevada prevalência das doenças de coluna lombar na população em geral, as suas múltiplas causas, as discordâncias entre os especialistas da área e os diferentes enfoques que muitos autores dão ao tema lombalgias e ciatalgias e ciáticas levaram, em 2008, 28 eminentes especialistas do mundo inteiro, reunidos em um fórum para discutir o assunto, a afirmarem ser impossível validar comparações ou sumarizar resultados provenientes de múltiplas investigações sobre lombar. Dessa forma, tirar conclusões sobre reabilitação nas "lombalgias" sem atentar para essas características (como heterogeneidade e múltiplas causas) é sofismar, pois as premissas de tais conclusões não são verdadeiras. O resultado do fórum dos 28 especialistas(67) valida nossa proposta de que, em vez de lombalgias e lombociatalgias, se deva falar em doenças da coluna vertebral lombar, tratamento e reabilitação específicas para cada uma delas.

Não apenas as amostras populacionais heterogêneas, mas também a qualidade dos ensaios clínicos randomizados, realizados nas últimas décadas sobre as intervenções e procedimentos, continuam pobres; não melhoraram. É possível que se façam outros [ensaios] que permitam conclusões seguras sobre a sua utilidade no tratamento da dor lombar. Uma das causas dessas falhas é a não-identificação dos subgrupos (causas específicas), as falhas na randomização e a utilização simultânea de várias modalidades de tratamento(68-72).

INFORMAÇÕES AOS PACIENTES

A educação e o esclarecimento dos pacientes, como já enfatizado, são fundamentais para a aderência ao processo de reabilitação(71). O paciente que sabe qual é a estrutura anatômica acometida e quais são os fatores que podem lhe causar danos obterá melhores resultados do que aquele que efetua o tratamento sem a menor explicação de seu médico.

MEIOS FÍSICOS DE TRATAMENTO SÃO MEROS COADJUVANTES NA REABILITAÇÃO

Calor e gelo

Os meios físicos de tratamento (frio e calor nas diversas modalidades) são meros coadjuvantes no processo de reabilitação. Não atuam sobre a história natural das doenças causadoras das síndromes dolorosas lombares. A eficácia dos muitos procedimentos continua ainda incerta. Nas fases iniciais, não há fortes evidências de que gelo, calor em suas diversas modalidades, órteses e colchões duros ou de dureza mediana produzam algum resultado que modifique a história natural das doenças da coluna lombar. Alguns podem ser utilizados como procedimentos coadjuvantes(73-75).

Ondas curtas, ultra-som, TENS (Transcutaneous Electrical Nerve Stimulation), infravermelho, microondas, laser

Quanto a esses meios físicos (ondas curtas, ultra-som, infravermelho, microondas, laser, tração etc.) faltam evidências que comprovem seus benefícios para pacientes lombálgicos de qualquer etiologia(73).

Órteses

As órteses são dispositivos usados para manter as articulações em repouso, no caso as articulações zigapofisá­rias, estabilizar segmentos da coluna instáveis e com grande mobilidade (como ocorre em alguns tipos de lombalgias) e prevenir colapsos de vértebras, como na osteoporose. No caso das lombalgias agudas, esses dispositivos, ao elevarem a pressão intra-abdominal, criam um cilindro semi-rígido ao redor da coluna lombar, o qual, ao diminuir o estresse raquídeo, alivia a dor e provoca relaxamento muscular(76).

Nas lombalgias subagudas ou crônicas por discartrose (discopatia degenerativa associada à artrose zigapofisária), ou por qualquer outra causa mecânico-degenerativa, usual­mente, não são indicados o repouso prolongado nem a imobilização(2). No entanto, em apenas uma condição, a in­dicação de imobilização é imperativa: quando o paciente apresenta instabilidade da coluna lombar, manifestada por posição antálgica. Nesses casos, pode-se usar uma órtese lombossacral. Nas lombalgias mecânico-posturais não está indicado o colete gessado.

Acupuntura

Não existem evidências científicas que comprovem o benefício da acupuntura em pacientes lombálgicos, porque os resultados das pesquisas não são controlados para os muitos vieses e tendenciosidades em razão do tamanho da amostra, ao desenho do estudo e ao uso de placebos(31).

Nos lombálgicos crônicos, sem "sinais de alerta vermelhos" e que apresentem fatores de risco psicossociais, parece que existem algumas evidências de que a acupuntura traga alguns benefícios, mas apenas para alívio da dor e melhora da função, imediatamente após as sessões e no seguimento a curto prazo, quando comparados com outros que não fizeram acupuntura. No entanto, ao se comparar a acupuntura com placebo (falsa acupuntura), não há evidências conclusivas sobre sua eficácia. Estudos são necessários para se demonstrar se seus benefícios não vão além do efeito-placebo. A acupuntura não está isenta de efeitos colaterais, como hematomas, cansaço, sonolência, vertigem, delírios, sangramentos, hepatites, pneumotórax e septicemia(77).

Exercícios

Os exercícios aeróbicos e de fortalecimento da musculatura paravertebral são comprovadamente eficazes(78).

A eficácia dos exercícios aeróbicos se deve ao aumento do consumo de oxigênio decorrente da atividade física aeróbica.

O disco intervertebral é uma estrutura não vascularizada, que recebe os seus nutrientes por difusão passiva. O fenômeno doloroso vertebral está diretamente relacionado com níveis de oxigênio, quantidade de íons de hidrogênio e pH do tecido discal. Quanto menor a concentração de O2, maior a concentração de H+ e, conseqüentemente, menor será o pH discal, e, portanto, mais intensa será a dor(17,79).

Compreende-se o porquê de os exercícios de fortalecimento dos músculos vertebrais (flexão, extensão, abdominais) e os aeróbicos, ao melhorarem a nutrição do disco - por aumentarem a difusão passiva de O2, diminuindo a concentração de H+ - levariam à diminuição da dor nos processos patológicos mecânico-degenerativos da coluna-lombar.

São ainda fortes os argumentos de que os exercícios aeróbicos, ao melhorarem a circulação sangüínea das juntas (as articulações zigapofisárias, no caso da coluna lombar), a força muscular e a resistência, e por terem um efeito positivo sobre a força tênsil dos tendões na interface ligamento - osso, aumentariam a capacidade da coluna vertebral de resistir às agressões e aos microtraumas repetitivos do dia-a-dia(78).

Outra prova que embasa esse argumento é um estudo realizado em pacientes do sexo feminino portadores de discopatia degenerativa crônica, sem comprometimento radicular, que, submetidas a teste de esforço em esteira rolante, quando comparadas com controles marcados quanto a sexo, idade, altura, peso e escolaridade sem discopatia, mostraram preparo aeróbico menor com significante redução do VO2 máximo (consumo máximo de oxigênio). Essa redução pode ser um fator causal do processo degenerativo discal(80). Tal fato comprova que, realmente, os exercícios aeróbicos ao aumentarem o VO2 desempenham papel importante no tratamento da dor. Também melhoram a função dos constituintes anatômicos implicados nas doenças mecânico-degenerativas da coluna lombar.

Dos aeróbicos, caminhada, natação e corrida são de eficácia comprovada em algumas das causas mecânico-degenerativas. São os menos agressivos para as estruturas do aparelho locomotor(78,81-83).

Dos resultados conflitantes de 43 estudos randomizados e controlados revistos pelo Instituto Cochrane sobre os exercícios na dor lombar crônica, sem especificar as causas desta dor (grifo do autor), 18 mostraram resultados positivos, e destes apenas seis indicaram diferenças clinicamente importantes e estatisticamente significativas em relação à dor; apenas quatro deles mostraram diferenças estatisticamente significativas quanto à função. A crítica que se faz a essa conclusão é não terem sido relatados, na metodologia, quais os tipos de exercícios e as causas de dor lombar crônica dos pacientes pesquisados na amostra(84).

As Diretrizes européias para o tratamento da dor lombar crônica inespecífica (termo impróprio, como já citado anteriormente) relatam que os exercícios de estabilização, os de Mackenzie e outros regimes, que são habitualmente feitos de forma inadequada, precisam de mais pesquisas para determinar com mais precisão sua intensidade, duração e freqüência.

Evidências atuais sugerem que os exercícios de fortalecimento dos músculos extensores lombares praticados isoladamnete, ou com outros procedimentos associados, são mais eficazes do que os exercícios passivos para melhorar a dor, a incapacidade e outros resultados relatados por pacientes com dor lombar crônica.

A prática de tais exercícios não está isenta de riscos: atividade intensa com grande carga pode provocar lesões musculares, ósseas (com ou sem fratura), ligamentares, tendíneas, roturas do anel fibroso e hérnias discais, além de fatídicos eventos cardiovasculares(85).

Terapia cognitivo-comportamental

A terapia cognitivo-comportamental também tem se mostrado efetiva no tratamento de pacientes com lombalgia crônica e deve ser aplicada para que o paciente aprenda a entender e controlar sua dor. Entretanto, como existem vários métodos de terapia cognitivo-comportamental, o valor relativo deles precisa ser mais bem avaliado para identificar subgrupos de pacientes que poderiam se beneficiar desse tipo de tratamento(86).

Manipulação

A manipulação somente deve ser realizada em casos específicos, agudos e por médicos capacitados(87,88).

Tração

Evidências de pouca eficácia da tração na lombalgia me­­cânica aguda foram relatadas em recentes estudos controlados(17,23,88,89).

OUTROS PROCEDIMENTOS DE REABILITAÇÃO CARECEM DE COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA

"Escolas de coluna"

Quanto às "Escolas de Coluna", existem moderadas evidências nas lombalgias relacionadas a problemas ocupacionais(90). Existem algumas evidências de benefícios para pacientes com lombalgia crônica, principalmente quando as atividades são realizadas no ambiente de trabalho(36).

Estes e outros métodos de tratamento, sem uma convincente comprovação científica e que não atuem na história natural da doença, não promovem cura; muitos deles, se o diagnóstico específico causal não tenha sido feito, não têm qualquer ação benéfica, exceto um efeito placebo(6,91). Podem representar perda de tempo e prejuízo financeiro, quando não riscos à saúde dos pacientes. Nesse aspecto, sempre é bom lembrar o preceito de Loeb citado pelo grande mestre Jairo Ramos (Atualização terapêutica, 1973):

• não faça ao paciente aquilo que não gostaria que fizessem com você mesmo;

• se o que está fazendo é útil e eficaz, continue a fazê-lo; não seja um terapeuta nervoso;

• se o que está fazendo não surtiu efeito, saiba abandoná-lo no momento oportuno (diríamos: não seja um terapeuta teimoso);

• se não souber o que deve ser feito, nada faça; muitas doenças iatrogênicas (e acrescentaríamos procedimentos invasivos ou não) são provocadas pelo médico que usa drogas poderosas (diríamos: procedimentos inúteis) apenas com o propósito de fazer alguma coisa.

  • 1
    Boos N, Lander PH. Clinical efficacy of imaging modalities in the diagnosis of low-back pain disorders. Eur Spine J 1996; 5:2-22.
  • 2
    Nardin RA, Patel MR, Gudas TF. EMG and MRI in the evaluation of radiculopathy. Muscle Nerve 1999; 22:151-5.
  • 3
    Willborn AJ, Aminoff MJ. AAEE Minimonograph #32. The electrophysiologic examination in patients with radiculopathies. Muscle Nerve 1988; 11:1099-114.
  • 4
    Sturtridge W, Lentle B, Hanley DA. Prevention and management of osteoporosis. Consensus Statement from the Scientific Advisory Board of the Osteoporosis Society of Canada. 2 - The use of bone density measurement in the diagnosis and management of osteoporosis. Can Med Assoc J 1996; 155:924-9.
  • 5
    Haldeman S, Dagenais S. What have we learned about the evidence-informed management of chronic low back pain? Spine 2008; 8:266-77.
  • 6
    Cecin HA. Consenso Brasileiro sobre Lombalgais e Lombo­ciatalgias. São Paulo: Sociedade Brasileira de Reuma­tologia; 2000.
  • 7
    Gatchel RJ, Bell G. The biopsychosocial approach to spine care and research. Spine (Hagerstown) 2000; 25(20):2572.
  • 8
    Krismer M, van Tulder M. Low back pain (non-specific). Best Pract Res Clin Rheumatol 2007; 21(1):77-91.
  • 9
    Engers AJ, Wensing M, van Tulder MW et al. Implementation of the Dutch Low Back Pain Guideline for general practitioners: a cluster randomized controlled trial. Spine 2005; 30(6): 559-60.
  • 10
    Hestbaek L, Leboeuf-Yde C, Manniche C. Low back pain: what is the long-term course? A review of studies of general patient populations. Eur Spine J 2003; 12:149-65.
  • 11
    Pengel LH, Herbert RD, Maher CG, Refshauge KM. Acute low back pain: systematic review of its prognosis. BMJ 2003; 327:323.
  • 12
    Chou R et al., for the Clinical Efficacy Assessment Subcommittee of the American College of Physicians and the American College of Physicians/American Pain Society Low Back Pain Guidelines Panel. Diagnosis and treatment of low back pain clinical guidelines. A Joint Clinical Practice Guideline from the American College of Physicians and the American Pain Society. Ann Intern Med 2007; 147(7):478-91.
  • 13
    Van der Windt D, Hay E, Jellema P, Main C. Psychosocial interventions for low back pain in primary care: lessons learned from recent trials. Spine 2008; 33(1):81-9.
  • 14
    Vroomen PC, de Krom MC, Wilmink JT et al. Lack of effectiveness of bed rest for sciatica. N Engl J Med 1999; 340:418-23.
  • 15
    Waddell G, Feder G, Lewis M. Systematic reviews of bed rest and advice to stay active for acute low back pain. Br J Gen Pract 1997; 47:647-52.
  • 16
    Wilke HJ, Peter Neef, Caimi M, Hoogland T, Claes LE. New in vivo measurements of pressures in the intervertebral disc in daily life. Spine 1999; 24(8):755-62.
  • 17
    Nachemson AL. Newest knowledge of low back pain: a critical look. Clin Orthop 1992; 279:8-20.
  • 18
    Wiesel SW et al. The lumbar spine. 2nd ed. Philadelphia: W.B. Saunders; 1996. p. 13.
  • 19
    Hagen KB, Hilde G, Jamtvedt G, Winnem M. Bed rest for acute low-back pain and sciatica. Cochrane Database Syst Rev 2000. Issue 2. Art. No. CD001254.
  • 20
    Furlan AD, Clarke J, Esmail R, Sinclair S, Irvin E, Bombardier C. A critical review of reviews on the treatment of chronic low back pain. Spine 2001; 26(7):E155-E162.
  • 21
    Cohen SP, Raja S. Pathogenesis, diagnosis, and treatment of lumbar zygapophysial (facet) joint pain. Anesthesiology 2007; 106(3):591-614.
  • 22
    Doyle AJ, Merrilees M. Synovial cysts of the lumbar facet joints in a symptomatic population: prevalence on magnetic resonance imaging. Spine 2004; 29:874-8.
  • 23
    Waddell G. Treatment: scientific evidence. In: Waddell G, editor. The back pain revolution. Edinburg: Churchill Livingstore; 1998. p. 263-74.
  • 24
    Hickey RF. Chronic low back pain: a comparison of diflunisal with paracetamol. N Z Med J 1982; 95:312-4.
  • 25
    Lee C, Straus WL, Balshaw R, Barlas S, Vogel S, Schnitzer TJ. A comparison of the efficacy and safety of nonsteroidal anti-inflammatory agents versus acetaminophen in the treatment of osteoarthritis: a meta-analysis. Arthritis Rheum 2004; 51:746-54.
  • 26
    Van Tulder MW, Scholten RJ, Koes BW, Deyo RA. Nonsteroidal anti-inflammatory drugs for low back pain: a systematic review within the framework of the Cochrane Collaboration Back Review Group. Spine 2000; 25:2501-13.
  • 27
    Babej-Dolle R, Freytag S, Eckmeyer J et al. Parenteral dipyrone versus diclofenac and placebo in patients with acute lumbago or sciatic pain: randomized observer-blind multicenter study. Int J Clin Pharmacol Ther 1994; 32:204-9.
  • 28
    Martell BA, O'Connor PG, Kerns RD et al. Systematic review: opioid treatment for chronic back pain: prevalence, efficacy, and association with addiction. Ann Intern Med 2007; 146:116-27.
  • 29
    Furlan AD, Sandoval JA, Mailis-Gagnon A, Tunks E. Opioids for chronic noncancer pain: a meta-analysis of effectiveness and side effects. CMAJ 2006; 174:1589-94.
  • 30
    Innes GD, Croskerry P, Worthington J. Ketorolac versus acetaminophen-codeine in the emergency department treatment of acute low back pain. J Emerg Med 1998; 16:49-56.
  • 31
    Malanga GA, Nadler SF. Nonoperative treatment of low back pain. Mayo Clin Proc 1999; 74:1135-48.
  • 32
    Berry H, Bloom B, Hamilton EB. Naproxen sodium, diflunisal, and placebo in the treatment of chronic back pain. Ann Rheum Dis 1982; 41:129-32.
  • 33
    Kearney PM, Baigent C, Godwin J, Halls H, Emberson JR, Patrono C. Do selective cyclo-oxygenase-2 inhibitors and traditional non-steroidal anti-inflammatory drugs increase the risk of atherothrombosis? Meta-analysis of randomized trials. BMJ 2006; 332:1302-8.
  • 34
    Lai KC, Chu KM, Hui WM et al. Celecoxib compared with lansoprazole and naproxen to prevent gastrointestinal ulcer complications. Am J Med 2005; 118:1271-8.
  • 35
    Derry S, Loke YK. Risk of gastrointestinal haemorrhage with long term use of aspirin: meta-analysis. BMJ 2000; 321:1183-7.
  • 36
    Nachemson A, Jonsson E, editors. Neck and back pain. Philadelphia: Lippinicott Williams & Wilkins; 2000.
  • 37
    Battie MC, Videman T, Gibbons LE et al. 1995 Volvo Award in clinical sciences. Determinants of lumbar disc degeneration. A study relating lifetime exposures and magnetic resonance imaging findings in identical twins. Spine 1995; 20:2601-12.
  • 38
    Richardson JK, Chung T, Schultz JS et al. A familial predisposition toward lumbar disc injury. Spine 1997; 22:1487-92.
  • 39
    Ozaktay AC, Kallakuri S, Cavanaugh JM. Phospholipase A2 sensitivity of the dorsal root and dorsal root ganglion. Spine 1998; 23(6):1297-306.
  • 40
    Takahashi H, Suguro T, Okazima Y et al. Inflammatory cytokines in the herniated disc of the lumbar spine. Spine 1996; 21: 218-24.
  • 41
    Willburger RE, Wittenberg RH. Prostaglandin release from lumbar disc and facet joint tissue. Spine 1994; 19:2068-70.
  • 42
    Spaccarelli KC. Lumbar and caudal epidural corticosteroid injections. Mayo Clin Proc 1996; 71:169-78.
  • 43
    Kaplan M, Dreyfuss P, Halbrook B et al. The ability of lumbar medial branch blocks to anesthetize the zygapophysial joint. A physiologic challange. Spine 1998; 23:1847-52.
  • 44
    Finckh A, Zufferey P, Schurch MA, Balague F, Waldburger M, So AK. Short-term efficacy of intravenous pulse glucocorticoids in acute discogenic sciatica. A randomized controlled trial. Spine 2006; 31:377-81.
  • 45
    Friedman BW, Holden L, Esses D, Bijur PE, Choi HK, Solorzano C et al. Parenteral corticosteroids for Emergency Department patients with non-radicular low back pain. J Emerg Med 2006; 31:365-70.
  • 46
    Haimovic IC, Beresford HR. Dexamethasone is not superior to placebo for treating lumbosacral radicular pain. Neurology 1986; 36:1593-4.
  • 47
    Porsman O, Friis H. Prolapsed lumbar disc treated with intramuscularly administered dexamethasonephosphate. A prospectively planned, double-blind, controlled clinical trial in 52 patients. Scand J Rheumatol 1979; 8:142-4.
  • 48
    Basmajian JV. Acute back pain and spasm. A controlled multicenter trial of combined analgesic and antispasm agents. Spine 1989; 14:438-9.
  • 49
    Van Tulder M, Touray T, Furlan A, Solway S, Bouter L. Cochrane Back Review Group. Muscle relaxants for nonspecific low back pain: a systematic review within the framework of the Cochrane Collaboration. Spine 2003; 28:1978-92.
  • 50
    Chou R, Peterson K, Helfand M. Comparative efficacy and safety of skeletal muscle relaxants for spasticity and musculoskeletal conditions: a systematic review. J Pain Symptom Manage 2004; 28:140-75.
  • 51
    Salerno SM, Browning R, Jackson JL. The effect of antidepressant treatment on chronic back pain: a meta-analysis. Arch Intern Med 2002; 162:19-24.
  • 52
    Tan JC. Practical manual of physical medicine and rehabilitation: diagnostics, therapeutics and basic problems. St. Louis: Mosby; 1998. p. 133-155; 321-85.
  • 53
    Staiger TO, Gaster B, Sullivan MD, Deyo RA. Systematic review of antidepressants in the treatment of chronic low back pain. Spine 2003; 28:2540-5.
  • 54
    McCleane G. Does gabapentin have an analgesic effect on background, movement and referred pain? A randomised, double-blind, placebo controlled study. The Pain Clinic 2001; 13:103-7.
  • 55
    Yildirim K, Sisecioglu M, Karatay S et al. The effectiveness of gabapentin in patients with chronic radiculopathy. The Pain Clinic 2003; 15:213-8.
  • 56
    Gagnier JJ, van Tulder M, Berman B, Bombardier C. Herbal medicine for low back pain. Cochrane Database Syst Rev 2006. Issue 2. Art. No. CD004504.
  • 57
    Borenstein DG. Low back pain: medical diagnosis and comprehensive management. 2nd ed. Philadelphia: W.B. Saunders; 1995.
  • 58
    Jayson AMIV. Assesment and management of chronic back pain. Rev Bras Reumatol 1996; 36:251.
  • 59
    Rothoerl RD, Woertgen C, Brawanski A. When should conservative treatment for lumbar disc herniation be ceased and surgery considered? Neurosurg Rev 2002; 25:162-5.
  • 60
    Nygaard OP, Kloster R, Solberg T. Duration of leg pain as a predictor of outcome after surgery for lumbar disc herniation: a prospective cohort study with 1-year follow up. J Neurosurg 2000; 92:131-4.
  • 61
    Sorensen LV, Mors O, Skovlund O. A prospective study of the importance of psychological and social factors for the outcome after surgery in patientswith slipped lumbar disk operated upon for the first time. Acta Neurochir (Wien) 1987; 88:119-25.
  • 62
    Abramovitz JN, Neff SR. Lumbar disc surgery: results of prospective lumbar discectomy study of the joint section on disorders of the spine peripheral nerves of the American Association of Neurological Surgeon and the Congress of Neurological Surgeons. Neurosurgery 1991; 29:301-7. [Discussion: 307-8].
  • 63
    Gibson JN, Grant IC, Waddell G et al. The Cochrane Review of surgery for lumbar disc prolapse and degenerative lumbar spondylosis. Spine 1999; 24:1820-32.
  • 64
    Amundsen T, Weber H, Nordal HJ et al. Lumbar spinal stenosis: conservative or surgical management? A prospective 10-year study. Spine 2000; 25:1424-35. [Discussion: 1435-6].
  • 65
    Lehto MU, Honkanen P. Factors influencing the outcome of operative treatment for lumbar spinal stenosis. Acta Neurochir 1995; 137:25-8.
  • 66
    Feffer HL, Wiesel SW, Cuckler JM et al. Degenerative spondylolisthesis. To fuse or not to fuse. Spine 1985; 10:287-9.
  • 67
    Dionne CE, Dunn KM, Croft PR et al. A consensus approach toward the standardization of back pain definitions for use in prevalence studies. Spine 2008; 33(1): 95-103.
  • 68
    Koes W, Malmivaara A. Trend in methodological quality of randomized clinical trials in low back pain. Best Pract Res Clin Rheumatol 2005; 19(4):529-39.
  • 69
    Michels E. Measurements in physical therapy. Phys Ther 1989; 63:153-8.
  • 70
    Borenstein DG. Epidemiology, etiology, diagnostic evaluation, and treatment of low back pain. Curr Opin Rheumatol 1996; 8:124-9.
  • 71
    Moffett JK, Mannion BS, Anne F. What is the value of physical therapies for back pain? Best Pract Res Clin Rheumatol 2005; 19(4):623-38.
  • 72
    Hanada EY. Efficacy of rehabilitative therapy in regional musculoskeletal conditions. Best Pract Res Clin Rheumatol 2003; 179(1):151-66.
  • 73
    Poitras S, Brosseau L, Brosseau PTB. Evidence-informed management of chronic low back pain with transcutaneous electrical nerve stimulation, interferential current, electrical muscle stimulation, ultrasound, and thermotherapy. Spine 2008; 8:226-33.
  • 74
    Kovacs FM, Abraira V, Peña A et al. Effect of firmness of mattress on chronic non-specific low-back pain: randomised, double-blind, controlled, multicentre trial. Lancet 2003; 362:1599-604.
  • 75
    Jellema P, van Tulder MW, van Poppel MN, Nachemson AL, Bouter LM. Lumbar supports for prevention and treatment of low back pain: a systematic review within the framework of the Cochrane Back Review Group. Spine 2001; 26:377-86.
  • 76
    Morris JM, Lucas BB. Role of the trunk in the stability of the spine. J. Bone Joint Surg 1961; 43A:327-51.
  • 77
    Ammendolia C, Furlan AD, Imamura M, Irvin E, van Tulder M. Evidence-informed management of chronic low back pain with needle acupuncture. Spine 2008; 8:160-72.
  • 78
    Liemohn W. Exercise and arthritis. Exercise and the back. Rheum Dis Clin North Am 1990; 16:945-70.
  • 79
    Holm S et al. Nutrition of the intervertebral disc: solute transport and metabolism. Connect. Tissue Res 1981; 8(2):101-19.
  • 80
    Hoch AZ, Young J, Press J. Aerobic fitness in women with chronic discogenic nonradicular low back pain. Am J Phys Med Rehabil 2006; 85:607-13.
  • 81
    Cassaza BA et al. The role of exercise in the prevention and manegement of acute low back pain. Occup Med 1998; 13:47-60.
  • 82
    Cady LD et al. Strength and fitness and subsequent back injuries in firefighters. J Occup Med 1979; 21(4):269-72.
  • 83
    Lahad A et al. The effectiveness of four interventions for the prevention of low back pain. JAMA 1994; 272(16):1286-91.
  • 84
    Van Tulder M, Malmivaara A, Hayden J, Koes B. Statistical significance versus clinical importance: trials on exercise therapy for chronic low back pain as example. Spine 2007; 32(16):1785-90.
  • 85
    Mayer J, Mooney V, Dagenais S. Evidence-informed management of chronic low back pain with lumbar extensor strengthening exercises. Spine 2008; 8:96-113.
  • 86
    Airaksinen O, Brox JI, Cedraschi C et al. European Guidelines for the Management of Chronic Nonspecific Low Back Pain. Eur Spine J 2006; 15(Suppl.2):S192-S300.
  • 87
    Arkuzewski Z. The efficacy of manual treatment in low back pain: a clinical trial. Manual Med 1986; 2:68-71.
  • 88
    Beurskens AJ, de Vet HC, Koke AJ et al. Efficacy of traction for nonspecific low back pain: 12-week and 6-month results of a randomized clinical trial. Spine 1997; 22:2756-62.
  • 89
    Deyo RA, Loeser DG, Bigos SJ. Herniated lumbar intervertebral disk. Ann Intern Med 1990; 112:588-605.
  • 90
    Heymans MW, van Tulder MW, Esmail R, Bombardier C, Koes BW. Back schools for non-especific low-back pain. Cochrane Database Syst Rev, 1999. Issue 3. Art. No. CD000261.
  • 91
    Cecin HA et al. Reflexões sobre a eficácia do tratamento fisiátrico na osteoartrose. Rev Bras Reumatol 1995; 35:270-8.
  • Endereço para correspondência:
    Hamid Alexandre Cecin
    Rua Nacib Cury, 419, São Sebastião
    38060-380, Uberaba, MG
    e-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      18 Dez 2013
    • Data do Fascículo
      Abr 2008
    Sociedade Brasileira de Reumatologia Av Brigadeiro Luiz Antonio, 2466 - Cj 93., 01402-000 São Paulo - SP, Tel./Fax: 55 11 3289 7165 - São Paulo - SP - Brazil
    E-mail: sbre@terra.com.br