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Revista Brasileira de Reumatologia, Volume: 45, Número: 3, Publicado: 2005
  • Gestação e aleitamento Editoriais

    Lage, Lais V.; Levy, Roger A.
  • Tratamento preconizado pelo grupo dos doutores Graham Hughes e Munther Khamashta na abordagem de gestante com anticorpos antifosfolípides Editoriais

    Lage, Lais V.
  • Perfil gestacional na espondilite anquilosante Artigos Originais

    Sampaio-Barros, Percival Degrava; Bértolo, Manoel Barros; Samara, Adil Muhib

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: avaliar o perfil gestacional numa casuística de mulheres com espondilite anquilosante (EA) acompanhadas em um hospital universitário de referência. MÉTODOS: estudo retrospectivo avaliando 40 mulheres com EA, segundo os critérios modificados de New York, acompanhadas no Ambulatório de Espondiloartropatias da FCM-UNICAMP no período entre 1990 e 2004. Foram avaliados os dados referentes ao número de gestações, partos e abortos, bem como o comportamento da doença durante a gestação naquelas pacientes que engravidaram após o início da EA. RESULTADOS: dentre as 40 mulheres avaliadas, 35 (87,5%) eram brancas e 27 (67,5%) eram HLA-B27 positivo, sendo que somente três (7,5%) referiam história familiar de EA. A média de idade de início foi de 29,9 anos e o tempo médio de doença foi de 15,5 anos. Nove pacientes (22,5%) nunca haviam engravidado, sendo que apenas uma paciente decidiu não engravidar por causa da EA. Trinta e uma pacientes apresentaram 83 gestações (média de 2,7 gestações/paciente), sendo sete após o início da doença. Ocorreram 71 partos e 12 abortos espontâneos (nenhum após o início da doença). Dentre as cinco pacientes que engravidaram após o início da EA, apenas uma apresentou piora da doença, associada ao comprometimento das coxofemorais. CONCLUSÕES: a análise do perfil gestacional da presente casuística indica que a fertilidade parece não ter sido afetada antes do início da EA e que a maioria das pacientes decide não engravidar após o início da doença.

    Resumo em Inglês:

    OBJECTIVE: To analyze the pregnancy profile in a group of female patients with ankylosing spondylitis (AS) followed at a referral university center. METHODS: Retrospective study analyzing 40 women with the diagnosis of AS according to the New York modified criteria followed at the Spondyloarthropathies Outpatient Clinic of the State University of Campinas in the period between 1990-2004. The number of pregnancies, deliveries and miscarriages was investigated, as well as the disease behavior during the pregnancy in those patients that got pregnant after AS onset. RESULTS: Among the 40 AS patients, 35 (87.5%) were Caucasians and 27 (67.5%) were HLA-B27 positive; 3 patients (7.5%) referred familial history of AS. The mean age of onset was 29.9 years old and the mean disease duration was 15.5 years. Nine patients (22.5%) never got pregnant; just one patient decided not to get pregnant because of AS. Thirty-one patients presented 83 pregnancies (an average of 2.7 pregnancies/patient), being seven after disease onset. There were 70 deliveries and 12 spontaneous miscarriages, but no miscarriages after AS onset. Among the 5 patients that got pregnant after disease onset, just 1 patient referred worsening of AS, related to hip involvement. CONCLUSIONS: In the present casuistic, fertility seemed not to be affected before disease onset and most patients decided not to get pregnant after AS onset.
  • Impacto da nefrite sobre os resultados gestacionais de mulheres com lúpus eritematoso sistêmico Artigos Originais

    Klumb, Evandro M.; Barros, Laura M. S.; Romeiro, Leonardo; Jesús, Nilson R. de; Levy, Roger A.; Albuquerque, Elisa M. N.

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: avaliar o impacto da nefrite lúpica e suas complicações nos resultados gestacionais. MÉTODOS: avaliamos retrospectivamente 76 gestações em 63 pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES). RESULTADOS: a hipertensão arterial estava presente como complicação clínica em 23 (30%) gestações. Vinte e sete (36%) gestações ocorreram em 19 pacientes com nefrite. Encontramos um número significativamente mais elevado de óbitos fetais quando avaliamos todas as pacientes com nefrite em comparação com aquelas sem nefrite (37% e 12,2%, respectivamente [p=0,019]). CONCLUSÕES: além da atividade de nefrite e do diagnóstico de nefrite propriamente dito, tiveram relação com pior sobrevida fetal a associação da síndrome do anticorpo antifosfolipídeo ou detecção de um dos anticorpos relacionados, a presença HAS e insuficiência renal (mesmo em suas fases iniciais).

    Resumo em Inglês:

    OBJECTIVE: To evaluate the impact of systemic lupus erythematosus (SLE) nephritis and its complications on the gestational results. METHODS: We evaluated retrospectively 76 pregnancies in 63 SLE patients. RESULTS: Arterial hypertension was detected as a clinical complication in 23 (30%) pregnancies. Twenty-seven (36%) pregnancies occurred in 19 patients with lupus nephritis. We found a significantly increased number of fetal deaths when patients with nephritis were compared with those without nephritis (37% and 12.2% respectively, p = 0.019). CONCLUSIONS: In addition to active nephritis and its diagnosis, there was a worse fetal survival rate when there was an association with antiphospholipid syndrome or one of the antibodies related to it, the presence of arterial hypertension and renal failure (even in early stages).
  • Avaliação dos fatores reprodutivos em 117 pacientes com esclerose sistêmica forma limitada e 72 pacientes com artrite reumatóide Artigos Originais

    Souza, Romy Beatriz Christmann de; Borges, Claudia Tereza Lobato; Borba, Eduardo Ferreira; Bonfá, Eloísa

    Resumo em Português:

    Recentemente, os fatores reprodutivos foram estudados na esclerose sistêmica (ES) difusa e a gravidez não parece ser um fator de risco para a doença. A validade desses achados precisava ser confirmada na forma limitada. OBJETIVO: comparar fatores reprodutivos em 372 gestações em ES na forma limitada (ESL) com 240 gestações em AR e seu risco em desenvolver ES. MÉTODOS: cento e dezessete pacientes com ESL e 72 com artrite reumatóide (AR) consecutivas foram entrevistadas por meio de um questionário detalhado que avaliava história reprodutiva para estimar o risco em desenvolver ES. O odds ratio (OR) foi calculado usando como referência mulheres nulíparas e sem história de abortamento. RESULTADOS: o diagnóstico de ESL e AR foi definido após as gestações na maioria das pacientes em ambas as doenças (97% vs. 90%, respectivamente p>0,05). A média de idade ao diagnóstico (40,8 vs. 38,4 anos) e média de idade da primeira gravidez (22,7 vs. 23,5 anos) foi semelhante para as pacientes com ESL e com AR respectivamente, p>0,05. O número de gestações por paciente (3,1 vs. 3,3), porcentagem de pacientes que engravidaram pelo menos uma vez (84,6% vs. 88,8%) e abortamento (19,8% vs. 21,6%) foi similar em ambos os grupos, p>0,05. Comparando as pacientes com ESL nulíparas com as multíparas, encontramos OR de 0,7, IC 95% 0,3 - 0,7 para desenvolver ESL, e quando comparamos mulheres com e sem história de abortamento, OR foi de 0,9 IC 95% 0,5 - 1,6. Além disso, o número de filhos não mostrou aumento no risco de desenvolver ESL quando comparado com nulíparas. CONCLUSÕES: estes dados sugerem que a história reprodutiva na ESL é similar à AR. Além disso, os dados predizem que a gravidez não parece causar aumento no risco nem ser um fator protetor no desenvolvimento de ESL quanto comparado com AR.

    Resumo em Inglês:

    Recently, reproductive factors have been studied in diffuse Systemic Sclerosis patients and pregnancy was not likely to be a risk factor for disease development. This findings need to be confirmed in the limited form of the disease. OBJECTIVE: To compare reproductive factors in 372 limited systemic sclerosis (LSSc) and 240 rheumatoid arthritis (RA) pregnancies and their relative risk for developing LSSc. METHODS: One hundred and seventeen LSSc and 72 RA consecutive female patients were interviewed with a detailed questionnaire to estimate the relative risk of developing LSSc given a relevant reproductive variable. The odds ratio (OR) was calculated using as reference nulliparous women and no history of miscarriage. RESULTS: Diagnosis of LSSc and RA was made after pregnancy for most patients of both diseases (97% vs. 90%, respectively, p > 0.05). A similar mean age at diagnosis (40.8 years old vs. 38.4 years old) and mean age of first pregnancy (22.7 years old vs. 23.5 years old) were noted in LSSc and RA (p > 0.05), respectively. The number of pregnancies/patient (3.1 vs. 3.3), percentage of patients ever pregnant (84.6% vs. 88.8%) and miscarriage (19.8% vs. 21.6%) was similar in both groups (p > 0.05). Compared to nulliparous women, parous LSSc had an OR of 0.7, 95% CI 0.3-1.7 for developing LSSc and, for women who experienced a miscarriage, the [OR] was 0.9, 95% CI 0.5-1.6, compared with those LSSc patients with no miscarriage. In addition to that, the number of pregnancies was not associated with an increased risk for LSSc when compared to nulliparous controls. CONCLUSIONS: These data suggest that the overall reproductive history of LSSc is comparable to RA. Moreover, it indicates that pregnancy is unlikely to account for an increased risk or a protective effect to develop LSSc in comparison to RA.
  • Anticorpos antifosfolípides em mulheres com antecedentes de perdas gestacionais: estudo caso-controle Artigos Originais

    Costa, Olívia Lúcia Nunes; Brandão, Cláudio; Silva, Mônica Maria Ribeiro; Pimentel, Kleber Santos; Santiago, Mittermayer Barreto

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: determinar a prevalência de anticorpos antifosfolípides em mulheres com antecedentes de perdas gestacionais na população obstétrica em geral e verificar se os anticorpos antifosfolípides representam fator de risco para perdas gestacionais na população estudada. MÉTODOS: foi realizado um estudo caso-controle prospectivo com mulheres grávidas e não grávidas, atendidas numa maternidade pública entre março de 2003 e junho de 2004. As mulheres foram divididas em dois grupos de acordo com o passado obstétrico; 100 mulheres com antecedentes de perdas gestacionais de acordo com a definição estabelecida para o diagnóstico da síndrome antifosfolipídica e que não apresentassem outros fatores relacionados ao insucesso gestacional; 150 mulheres saudáveis com antecedentes de duas ou mais gestações bem sucedidas. A determinação do anticoagulante lúpico (AL) foi feita mediante os testes de TTPA, dRVVT de triagem e dRVVT confirmatório. Para a pesquisa dos anticorpos anticardiolipina (aCL) classes IgG e IgM foi utilizado o teste de ELISA. e os resultados semiquantitativos expressos em unidades GPL e MPL. RESULTADOS: o anticoagulante lúpico estava presente em 5% das pacientes-caso e 2% dos controles (p=0,27). Os anticorpos aCL IgG estavam presentes em 18% das pacientes-caso e 8,7% das pacientes-controle (p=0,028; OR=2,3; IC 95%=1-53). Na classe IgM, 5% de positividade para os casos e 1% para os controles (p=0,21). CONCLUSÕES: os anticorpos antifosfolípides (AL e/ou aCL IgG e/ou IgM) foram mais prevalentes nas mulheres com perdas gestacionais (28%) que na população obstétrica em geral (17%). As mulheres com aCL IgG têm duas vezes mais chance de ter perdas gestacionais que a população obstétrica em geral.

    Resumo em Inglês:

    OBJECTIVE: To determine the prevalence of antiphospholipid antibodies in women with pregnancy loss and verify if such antibodies represent a risk factor for pregnancy failure. METHODS: We performed a case-control study with 250 pregnant and non-pregnant women, seen at a public maternity between March of 2003 and June of 2004. The women were divided in two groups according to their obstetric past: 100 women with previous pregnancy loss, defined as the obstetric criteria of the antiphospholipid syndrome (cases) and 150 healthy women with record of two or more successful pregnancies (controls). Lupus anticoagulant was determined by aTTP and dRVVT tests. IgG and IgM anticardiolipin antibodies (aCL) were determined by a specific immunoassay (ELISA) and results were expressed as GPL or MPL units. RESULTS: Lupus anticoagulant was positive in 5% of the cases and 2% of the controls (p = 0.27). The IgG aCL antibodies were present in 18% of the cases and 8,7% of the controls (p = 0.028 ;OR = 2.3; IC 95% = 1-53) and IgM aCL in 5% of the cases and 1% of the controls (p = 0,21). CONCLUSIONS: Antiphospholipid antibodies were more prevalent in women with pregnancy loss (28%) than in general obstetric population (17%). Women with IgG aCL antibodies have higher chances of pregnancy loss.
  • O uso de drogas anti-reumáticas na gravidez Artigos De Revisão

    Levy, Roger A.

    Resumo em Português:

    A prescrição de drogas anti-reumáticas em pacientes férteis deve ter em conta o conhecimento atual sobre os efeitos na concepção, gestação e lactação. Um aconselhamento que levasse em consideração os riscos e benefícios do planejamento da gravidez, quando possível, seria o ideal. Com a incorporação de novas substâncias e o aparecimento constante de novos dados na literatura, esse assunto deve ser continuamente atualizado. O estagiamento de acordo com o fator de risco estabelecido pelo FDA é algumas vezes contraditório em relação a nossa prática, em parte porque os estudos em modelos animais podem não ser diretamente aplicáveis a humanos. A terapia com agentes modificadores da resposta biológica é aparentemente segura durante a gestação, considerando-se que tais agentes sejam compostos por moléculas grandes, incapazes de atravessar a placenta. Antiinflamatórios não-esteroidais (incluindo os inibidores específicos de COX-2) podem prejudicar a implantação do óvulo, mas o seu uso é possível no caso da gestação estar em curso, devendo ser evitados após 32 semanas do início da gravidez, quando estão relacionados com complicações fetais. Os inibidores específicos de COX-2 devem ser evitados pelo risco de malformação renal. Aspirina em baixa dose pode ser usada seguramente, quando indicada durante a gravidez. Há preferência pelas heparinas de baixo peso molecular, desde que a não fracionada apresente maior risco de induzir trombocitopenia e sangramento. A hidroxicloroquina é usada e de fato recomendada em gestantes com lúpus, com benefícios para a paciente e sem risco fetal. Varfarina é teratogênica se usada da 6ª a 9ª semana de gestação, mas pode ser usada durante o segundo e terceiro trimestres até a 34ª semana, quando deve ser interrompida com o intuito de evitar sangramento fetal. A imunoglobulina endovenosa é recomendada em casos difíceis de síndrome do anticorpo antifosfolipídeo e vem sendo estudada na prevenção do bloqueio cardíaco total da síndrome do lúpus neonatal. O uso de prednisona e prednisolona é limitado a menor dose eficaz, não atinge a circulação fetal, mas pode induzir os efeitos colaterais maternos já conhecidos. Azatioprina e ciclosporina são utilizadas, quando indicadas formalmente, sem aparente risco fetal. Metotrexato e leflunomide devem ser evitados a qualquer custo e o tratamento interrompido três meses antes da tentativa de concepção. Todas as decisões terapêuticas em pacientes grávidas devem ser individualizadas e os riscos e benefícios considerados.

    Resumo em Inglês:

    The prescription of anti-rheumatic drugs in fertile patients should take into account the current knowledge about their effects on conception, pregnancy and lactation. Judicious advice and pregnancy planning is ideal when possible. With the incorporation of new substances and the constant appearance of recent data in the literature this subject has to be continuously updated. The FDA risk factor rating is sometimes contradictory to our practice, in part because results from animal studies may not be directly applicable to humans. Biologic response modifiers seem to be safely used during pregnancy, since they are large molecules that are not capable of crossing the placenta. Non-steroidal anti-inflammatory drugs including specific COX-2 inhibitors may impair implantation of the ovum but can be used once pregnancy is under way, they should be avoided after 32 weeks, when there is a relationship with fetal complications. COX-2 inhibitors must be avoided due to its risk of renal mal-formation. Low-dose aspirin can be used safely during pregnancy. Low molecular weight heparins are preferred, since the unfractionated heparins have an increased risk of inducing thrombocytopenia and bleeding. Hydroxychloroquine is used and in fact recommended in lupus pregnancy with patients' benefits and no fetal risk. Warfarin is teratogenic if given between the 6th and 9th gestational weeks, but can be used during the second and third until 34 weeks, when it should be withdrawn in order to avoid the risk of neonatal bleeding. Intravenous immunoglobulin is recommended for difficult antiphospholipid cases and is being studied to prevent the congenital heart block of neonatal lupus. Prednisone and prednisolone use is limited to the least effective dose since they do not reach fetal circulation, but can induce maternal side effects. Azathioprine and cyclosporine are used when necessary with no apparent fetal harm. Methotrexate and leflunomide must be avoided by all means and the treatment stopped three months before conception. Every therapeutic decision for a pregnant patient has to be individualized and the risk and benefits considered.
  • Imunidade na gestação normal e na paciente com lúpus eritematoso sistêmico (LES) Artigos De Revisão

    Pereira, Alessandra Cardoso; Jesús, Nilson Ramires de; Lage, Lais Verderame; Levy, Roger Abramino

    Resumo em Português:

    A gravidez é uma condição fisiológica na qual ocorrem várias mudanças imunoendócrinas com a finalidade de facilitar a imunossupressão e a tolerância aos antígenos paternos e fetais. Na gravidez humana normal existe uma relativa supressão de citocinas tipo Th1 na resposta dos linfócitos, levando a uma prevalência na resposta do tipo Th2. No LES, onde prevalece a resposta imune do tipo Th2, a gravidez pode estar relacionada com a ativação da doença. Este artigo é uma revisão dessas alterações relacionadas com a resposta imune durante a gestação normal e na da paciente com LES.

    Resumo em Inglês:

    Pregnancy is a physiologic condition where several immuno-endocrine changes take place with the aim of facilitating immunosuppression and tolerance towards paternal and fetal antigens. In normal human pregnancy there is a relative suppression of Th1 type cytokines in response to lymphocytes, leading to a Th2 type response. In SLE, where a Th2 type response prevails, pregnancy may exacerbate the disease. This article reviews the alterations related to the immune response during normal pregnancy and in SLE patients.
  • Osteoporose e gravidez Artigos De Revisão

    Rocha, Francisco Airton Castro da; Silva Junior, Francisco Saraiva da

    Resumo em Português:

    Os autores revisam a literatura sobre os possíveis efeitos da gravidez no desencadeamento de osteoporose, juntamente com uma breve discussão de aspectos da regulação do metabolismo do cálcio na mulher grávida. A carência de estudos a esse respeito é ressaltada. Os autores enfatizam a necessidade de estudos em nossa população, enfocando a possível associação entre paridade e fraturas decorrentes de osteoporose.

    Resumo em Inglês:

    The authors review the literature approaching the possible effects of pregnancy in the development of osteoporosis, coupled to a brief discussion of aspects about the regulation of calcium metabolism in pregnant women. The lack of studies focusing this subject is remarked. The authors emphasize the need for studies based on our population, approaching the possible association of parity and osteoporosis related fractures.
  • Pele na gestação Artigos De Revisão

    Carneiro, Sueli Coelho da Silva; Azulay-Abulafia, Luna

    Resumo em Português:

    As manifestações cutâneas durante a gravidez correspondem a alterações fisiológicas, dermatoses próprias do período gestacional ou doenças pré-existentes. O penfigóide gestacional, a erupção polimorfa da gravidez, a foliculite pruriginosa, o prurigo da gravidez e o prurido gravídico são considerados dermatoses próprias da gestação. Uma forma de psoríase pustulosa grave, o impetigo herpetiforme, está descrito na gestação. As lesões cutâneas da artrite psoriásica, do lúpus eritematoso, da dermatopolimiosite e os pênfigos podem piorar na gravidez. O eritema nodoso e o eritema nodoso hanseniano podem ser desencadeados pela gravidez. O tratamento deve considerar os riscos e benefícios para a mãe e o concepto.

    Resumo em Inglês:

    The cutaneous manifestations of pregnancy can correspond to physiologic changes, specific dermatoses of pregnancy or preexisting diseases. Gestational pemphigoid, polymorphic eruption of pregnancy, pruritic folliculitis, prurigo and pruritus of pregnancy are considered specific cutaneous diseases of pregnancy. Impetigo herpetiformis, a severe variant of pustular psoriasis, is also described in pregnancy. Psoriatic arthritis, lupus erythematosus, dermatopolymyositis and pemphigus skin can worsen during pregnancy. Erythema nodosum and erythema nodosum leprosum can also appear during pregnancy. The treatment of any of these diseases must consider the risks and benefits for the mother and the fetus.
  • Síndrome do lúpus neonatal Artigos De Revisão

    Carvalho, Jozélio Freire de; Viana, Vilma dos Santos Trindade; Cruz, Rosana de Britto Pereira; Bonfá, Eloísa

    Resumo em Português:

    A síndrome do lúpus neonatal (SLN) é uma doença auto-imune associada à presença de auto-anticorpos na circulação materno-fetal contra complexos ribonucléicos, SSA/Ro e SSB/La, e se caracteriza principalmente por bloqueio cardíaco congênito isolado (BCCI) e/ou manifestações cutâneas e hematológicas. A despeito da sua raridade, a SLN é a principal causa de BCCI, sendo responsável pela importante mortalidade (20% a 30%) e morbidade desses pacientes. A denominação de lúpus neonatal se baseia na semelhança das lesões cutâneas associadas à SLN nos neonatos com aquelas observadas em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (SLE). Por outro lado, o termo "isolado", para designar o BCC na SLN, é utilizado para especificar a ausência de malformações cardíacas congênitas e a ausência de infecções que causam alterações na condução átrio-ventricular (BAV). A SLN constitui-se num clássico modelo de auto-imunidade adquirida, no qual os anticorpos IgG maternos atravessam a barreira placentária e na circulação fetal podem exercer um papel importante na patogênese da síndrome. A presença quase universal dos anticorpos anti-Ro/SSA e anti-SSB/La no soro materno e fetal os inclui como marcadores para a SLN. Ao contrário da lesão cardíaca que compromete irreversivelmente a condução átrio-ventricular, os acometimentos cutâneos e/ou hematológicos são transitórios e podem regredir após o desaparecimento dos anticorpos maternos da circulação do lactente. Clinicamente, a SLN representa um desafio para profissionais reumatologistas, obstetras, neonatalogistas, dermatologistas e cardiologistas pediátricos que têm como meta identificar o risco gestacional de desenvolvimento da doença fetal, diagnosticar a síndrome precocemente e definir uma estratégia terapêutica adequada quando "in utero" ou pós-natal.

    Resumo em Inglês:

    Neonatal Lupus Syndrome (NLS) is an autoimmune disease associated to the presence of autoantibodies against ribonucleoproteins SSA/Ro and/or SSB/La in the maternal-fetal circulation and is characterized by isolated congenital heart block (ICHB) and/or cutaneous and hematological manifestations. Despite the rarity, NLS is the main cause of ICHB, which is responsible for the significant mortality (20%-30%) and morbidity of these patients. The neonatal lupus designation comes from the observation of cutaneous lesions similarities between NLS and systemic lupus erythematosus. The isolated term to define the CHB in NLS is employed to exclude cardiac abnormalities secondary to congenital structural malformations or infections. NLS is considered a model of passively acquired autoimmunity in which maternal autoantibodies cross the placenta and, once in fetal circulation, may play a role in the pathogenesis of the syndrome. The almost universal presence of anti-SSA/Ro and/or anti-SSB/La antibodies in the maternal and fetal circulation validates them as serological markers of NLS. Contrasting with the fetal cardiac tissue lesion, which is an irreversible process, cutaneous and hematological involvements are transitory manifestations and disappear after the clearance of maternal autoantibodies from the infant's circulation. It is important to notice that NLS represents a multidisciplinary challenge involving rheumatologists, obstetricians, neonatologists, dermatologists and pediatric cardiologists to identify the pregnancy at risk for NLS development and to introduce appropriate in utero or postnatal therapeutic strategies.
  • Lúpus eritematoso sistêmico e avaliação do bem-estar fetal pela dopplervelocimetria Vinheta Imagenológica

    Jesús, Nilson R. de; Levy, Roger A.
  • Atualização em lúpus eritematoso sistêmico, síndrome antifosfolípide e gravidez Atualização Em Reumatologia

    Cruz, Boris Afonso
  • Documento sem título Espaço Imagem

  • Aspectos da sexualidade e gravidez em adolescentes com artrite idiopática juvenil (AIJ) Relatos De Caso

    Silva, Clovis Artur Almeida; Suehiro, Ricardo Maisse; Leal, Marta Miranda; Liphaus, Bernadete Lourdes; Campos, Lucia Maria M. A.; Barros, Venina Viana de; Zugaib, Marcelo

    Resumo em Português:

    O presente trabalho tem como objetivo descrever aspectos da sexualidade, gravidez e pós-parto de três adolescentes com artrite idiopática juvenil (AIJ). No período entre 1983 e 2004, 4.638 pacientes foram acompanhados na Unidade de Reumatologia Pediátrica do Departamento de Pediatria da FMUSP, entre os quais 537 (11,5%) apresentaram o diagnóstico de AIJ (critérios do ILAR). Entre os pacientes com AIJ, três engravidaram durante o seguimento ambulatorial. A idade da primeira atividade sexual variou de 16 a 18 anos. A paciente 1 apresentou uma gestação gemelar a termo, permanecendo em atividade da doença durante toda a gravidez, em uso de 15mg/dia de prednisona. As pacientes 2 e 3 encontravam-se em remissão da doença, sem uso de medicamentos, apresentando gestação a termo sem intercorrências. A paciente 2, porém, evoluiu com recidiva da doença um ano após o parto. Todos os recém-nascidos foram adequados para idade gestacional e evoluíram adequadamente no período neonatal. Apenas a paciente 1 necessitou de prednisona, naproxeno e cloroquina na amamentação. O aumento da gravidez na adolescência é uma realidade nos serviços de reumatologia pediátrica, o que impõe novos debates sobre os aspectos da sexualidade e contracepção nessa população.

    Resumo em Inglês:

    The objective of the present study is to describe the sexuality aspects, pregnancy and postpartum in three adolescents with juvenile idiopathic arthritis (JIA). From 1983 to 2004, 4,638 patients were followed at the Pediatric Rheumatology Unit of the Pediatric Department of FMUSP, of which 537 (11.5%) were diagnosed with JIA (ILAR criteria) and three of these patients became pregnant during the follow-up period. The age at their first sexual intercourse ranged from 16 to 18 years old. Patient 1 presented a twin pregnancy, with active disease throughout pregnancy, and was on 15 mg of prednisone per day. Patients 2 and 3 were at disease remission, with no drug treatment, and had full-term pregnancies free of complications; patient 2, however, had a disease flare-up one year after the delivery. All newborns were adequate for gestational age and developed no complications during the neonatal period. Only patient 1 required prednisone, naproxen e chloroquine during breast-feeding. The increased frequency of pregnancy in adolescents is a reality in pediatric rheumatology centers, and it shows the importance of more debate concerning sexuality aspects and contraception in this population.
  • Gravidez em adolescentes com dermatomiosite juvenil (DMJ) Relatos De Caso

    Silva, Clovis Artur Almeida; Leal, Marta Miranda; Febrônio, Marília Vieira; Leal, Georgiana Nogueira; Sallum, Adriana Maluf Elias; Andrade, Joelma Queiroz; Zugaib, Marcelo

    Resumo em Português:

    Com a melhora do prognóstico nos pacientes com dermatomiosite juvenil (DMJ), as crianças tornam-se adolescentes com possibilidade de início da vida sexual e risco de engravidar. No período entre 1983 e 2004, 4.638 pacientes foram seguidos em nosso serviço, entre os quais 117 (86/74% do sexo feminino) apresentaram o diagnóstico de DMJ. Entre as pacientes com DMJ, três engravidaram durante o acompanhamento. A idade da primeira atividade sexual variou entre 15 (caso 1) e 14 anos (casos 2 e 3). As gestações, todas não planejadas, ocorreram aos 16 anos e 3 meses (caso 1), 15 anos e 4 meses (caso 2) e 14 anos e 7 meses (caso 3). A paciente 1 apresentava-se em atividade cutânea da DMJ no início da gravidez, mas evoluiu com completa remissão no 6º mês da gestação; foram mantidos gamaglobulina endovenosa (2g/kg/mês) nos primeiros 5 meses e prednisona (5mg/dia) durante toda a gestação; o pré-natal foi sem intercorrências; o parto foi fórcipe; o recém-nascido (RN) nasceu sem intercorrências. As pacientes 2 e 3 estavam em remissão no início da gravidez e também não apresentaram intercorrências no período pré-natal. O parto da paciente 2 foi vaginal e o RN nasceu bem, de termo e adequado para idade gestacional. No caso 3, o parto foi cesariano por redução do líquido amniótico e o RN nasceu prematuro (36 semanas), mas bem e adequado para a idade gestacional. Em nenhuma das pacientes observou-se reativação da DMJ no período pós-natal. A atividade sexual precoce e o aumento da gravidez em adolescentes com DMJ são assuntos que devem ser considerados na rotina do atendimento desses pacientes.

    Resumo em Inglês:

    The prognosis of patients with juvenile dermatomyositis (JDM) has improved, allowing adolescents and young adults to have an increased chance of sexual activities and pregnancy. From 1983 to 2004, 4,638 patients were followed at the Pediatric Rheumatology Unit of the Pediatric Department of FMUSP, of which 117 (86/74% female) were diagnosed with JDM and 3 of them became pregnant during the follow-up. The first sexual intercourse occurred at 15 years old (case 1) and at 14 years old (cases 2 e 3). The pregnancies, all of them not planned, occurred at 16 years old and 3 months (case 1), 15 years old and 4 months (case 2) and 14 years old and 7 months (case 3). The disease of patient 1 was active when she became pregnant, but she was at remission by the end of the second trimester of gestation, she was given 2 g/kg/month of intravenous immunoglobulin (during the first 5 months) and prednisone (during all the period); she had a full-term pregnancy with a normal birth. Patients 2 and 3 were on disease remission when they became pregnant and their gestations developed with no complications. Patient 2 had a full-term delivery; her newborn was adequate for gestational age and had no complications. Patient 3 had a Cesarean delivery due to low amniotic fluid; her newborn was premature (36 weeks) but adequate for gestational age and with no problems during neonatal period. None of the patients presented disease flare-up after delivery. Precocious sexual activity and pregnancy increase in adolescents with JDM should be considered in the routine clinical follow-up of these patients.
  • Doença de Behçet e gestação: relato de caso e revisão da literatura Relatos De Caso

    Barros, Venina Isabel Poço Viana Leme de; Barros, Paulo José Leme de; Hacbarth, Elisa Teresinha

    Resumo em Português:

    A doença de Behçet (DB) é uma vasculite sistêmica com freqüente ocorrência de fenômenos trombóticos. Os autores relatam o caso de gestação de paciente com DB de difícil controle prévio e concomitante heterozigoze para o fator V, com história prévia de múltiplas erisipelas nos membros inferiores e história familiar de tromboembolismo. A gestação evoluiu com remissão da DB e foi usado heparina fracionada profilática. Os autores discutem os envolvimentos de fatores trombofílicos na gestação de pacientes com DB.

    Resumo em Inglês:

    Behçet's disease (BD) is a systemic vasculitis in which thrombosis is a common clinical complication. We report a case of a pregnant woman with BD and the presence of heterozigous factor V, previous erisipela lesions and family history of thromboembolisms. Her BD evolved to remission during gestation, nevertheless, low molecular weight heparin was maintaned during pregnancy. In this report, we discuss the thrombophilic aspects in pregnant women with BD.
  • Gravidez e exercício Comunicações Breves

    Lima, Fernanda R.; Oliveira, Natália

    Resumo em Português:

    Com o crescente aumento de mulheres que praticam exercícios físicos e esportes de forma regular, é importante que o especialista nas áreas clínicas se mantenha atualizado sobre os benefícios e riscos da prática esportiva durante a gravidez, no sentido de promover uma orientação segura e precisa para suas pacientes grávidas.

    Resumo em Inglês:

    With the increasing number of women that perform physical activities and practice sports regularly, it is important for the clinical specialists to be updated about the benefits and risks of sports practices during pregnancy, with the aim of promoting a safe and precise orientation of their pregnant patients.
  • Prolactina e macroprolactina no lúpus eritematoso sistêmico (LES) Comunicações Breves

    Tiskievicz, Fabiane; Mallmann, Elaine Sangalli; Xavier, Ricardo Machado; Brenol, João Carlos Tavares

    Resumo em Português:

    Existem fortes evidências sobre a influência dos hormônios sexuais na imunidade e na apresentação de doenças auto-imunes, entre elas o lúpus eritematoso sistêmico (LES). As alterações havidas nesses hormônios durante a gestação podem ser responsáveis pelas mudanças observadas na apresentação do LES nesse período. A prolactina, um hormônio hipofisário que tem seus níveis elevados durante a gestação e o puerpério, assim como a sua forma de mais alto peso molecular, a macroprolactina, têm sido associadas a alterações na apresentação do LES. Ainda se desconhece, entretanto, muitos detalhes desse processo, sendo necessários outros estudos para que se possa compreender qual a influência das alterações hormonais havidas nas gestações com LES e sua relação com a apresentação da doença.

    Resumo em Inglês:

    There is strong evidence on influence of sexual hormones in the immunity and development of autoimmune diseases, including systemic lupus erythematosus (SLE), in which particularly the abnormalities observed during pregnancy could play a critical role on SLE manifestations during this period. Prolactin, a pituitary hormone with increased serum levels during pregnancy and puerperium, as well as its high molecular weight isoform, the macroprolactin, has been shown to be elevated in SLE, with correlation to disease activity. However, much about the mechanisms of this association is still unknown and more studies are necessary to further understand of the influence of hormonal alterations in SLE presentation and flare-up.
  • A importância do Jornal da LIRNNE Carta Ao Editor

    Santiago, Mittermayer B.
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