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Combinação dos métodos SCS-CN e GRADEX para cálculo de vazões máximas

RESUMO

A ausência de monitoramento hidrométrico com extensão, periodicidade, resolução temporal e qualidade adequadas é a realidade brasileira em muitas bacias hidrográficas. Assim, a determinação de volumes de cheia comumente ocorre a partir de modelos chuva-vazão de simples aplicação, tal como o método SCS-CN. Embora o modelo SCS seja largamente aceito, diversos autores têm questionado os resultados de sua aplicação em bacias com características distintas daquelas estudadas originalmente. Uma alternativa para cálculo das vazões máximas em bacias com escasso monitoramento fluviométrico é o método GRADEX, que propõe a extrapolação da curva de frequência dos volumes de cheia a partir de séries de precipitação. Apesar de consolidado, é pouco aplicado no Brasil devido às dificuldades encontradas na resolução de suas hipóteses iniciais. Este artigo sugere, portanto, a combinação de ambos os métodos, visando uma metodologia que reduza as incertezas envolvidas na determinação da distribuição de probabilidades de volumes de cheias. O estudo de caso é realizado na bacia hidrográfica do ribeirão Serra Azul, Juatuba - MG, que dispõe de 12 anos de registros contínuos. A referida combinação ocorre na definição dos limites inferior e superior da distribuição de probabilidades da retenção global de água no solo e na bacia, variáveis do método GRADEX, a partir do conceito do CNASSINTÓTICO. Os cenários modelados evidenciam as diversas possibilidades existentes na extrapolação dos volumes de escoamento superficial, dispondo-se de uma faixa de resultados que melhor embasam a definição da condição de saturação da bacia e, consequentemente, o cálculo das vazões máximas, comparativamente aos métodos originais.

Palavras-chave:
Método SCS-CN; Método GRADEX; Distribuição de probabilidades; Vazões máximas

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