RESUMO
Neste estudo foi realizado um experimento de campo de longo prazo avaliando as taxas de evapotranspiração de módulos de telhados verdes irrigados e não irrigados, bem como seus impactos no controle de águas pluviais. Seis módulos de telhado verde (3 irrigados e 3 não irrigados) com vegetação de S. rupestre foram monitorados ao longo de 8 meses no sul do Brasil. Além disso, quatro módulos sem vegetação (2 irrigados e 2 não irrigados) foram avaliados simultaneamente para compreender o papel da vegetação em todo o processo. A evapotranspiração média sob condição de estresse hídrico (ETr) foi de 2,6 mm.dia-1, enquanto a evapotranspiração média sob condição de abundância hídrica (ETp) foi de 2,8 mm.dia-1. Maiores taxas de evapotranspiração foram observadas durante o verão, aumentando a capacidade de armazenamento do substrato, embora a quantidade de ETr ao longo das estações tenha sido muito semelhante, afetada principalmente pelas condições climáticas. A análise de longo prazo mostrou que 47% do total da chuva foi convertido em escoamento, 21% foi retido nos módulos de telhado verde e 32% foi liberado por evapotranspiração, reforçando a importância da vegetação como mecanismo para melhorar os benefícios de controle de águas pluviais. Os resultados desta pesquisa também permitiram o estabelecimento de uma série temporal do coeficiente de cultura (Kc), com média mensal de 0.9 que permite estimar preliminarmente a evapotranspiração do S. rupestre por meio de equações desenvolvidas para cultura de referência sem necessidade de monitoramento.
Palavras-chave:
Sedum; Variáveis climatológicas; Evaporação; Coeficiente de cultura