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Circulação e balanço de sal no estuário do Rio São Francisco (NE/Brasil)

RESUMO

Para avaliar como a descarga do rio e as correntes de maré influenciam a circulação e o transporte de sal no estuário do rio São Francisco, foram realizadas duas campanhas de 25 horas, além de perfis ao longo do canal principal do estuário (18/19 e 25/26 de fevereiro de 2014). A velocidade das correntes mostraram uma maior assimetria entre as correntes de enchente (v <0) e vazante (v> 0) durante a sizígia (-0,6 e 1,1 m/s), em comparação com a maré de quadratura (-0,4 e 1,0 m/s). Tal resultado foi atribuído à forte energia de empuxo intensificado pela maior força da descarga fluvial na sizígia. Em geral, a salinidade apresentou forte estratificação vertical variando da superfície ao fundo entre 0,0 <S <36,6 e 0,5 <S <36,1, durante a sizígia e quadratura, respectivamente. Apesar de a descarga do rio ter reduzido entre a maré da sizígia e quadratura, as condições de parcialmente misturado e altamente estratificado (tipo 2b) permaneceram para ambos os períodos, com advecção e difusão turbulenta contribuindo com 34% e 66% para o transporte de sal estuário acima na sizígia, respectivamente, e 56% e 44% durante a quadratura. Tal resultado foi atribuído ao equilíbrio entre as forçantes da maré e baroclínico, além da descarga do rio. O transporte de sal advectivo predominantemente na direção estuário abaixo para os ciclos das marés de sizígia (12,5 kg m-1s-1) e quadratura (15,2 kg m-1s-1) sugere que há pouca acumulação de sal dentro do estuário do São Francisco.

Palavras-chave:
Circulação; Salinidade; Transporte de sal; Estratificação; Estuário do São Francisco

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