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Tendência temporal dos índices de seca e de aridez no semiárido pernambucano para determinação da susceptibilidade a desertificação

RESUMO

Em regiões semiáridas, a utilização de índices de seca e aridez a fim de estabelecer diagnósticos e prognósticos que ajudem na gestão dos recursos hídricos é crucial, sobretudo, para a avaliação de disponibilidade hídrica em longo prazo, e monitoramento de eventos hidrológicos extremos. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi avaliar as tendências de eventos extremos para determinar a susceptibilidade à desertificação, na bacia do rio Brígida, mediante o uso de índices de Seca (RAI, SPI e PDSI) e de Aridez (MIA, AI e AIASD). Os resultados desses índices foram submetidos a análise estatística por meio do Teste de Tukey e submetidos a avaliação da tendência climática por meio de aplicativo (TREND). O Teste de Tukey indicou que o método PDSI e RAI são os mais indicados para a análise de seca, enquanto que o AI é mais apropriado para a aridez. Os resultados indicaram que independente dos índices empregados, os postos apresentaram resultados significativos na análise de tendência, sugerindo intensificação desses eventos ao longo do tempo. Diante disso, conclui-se que os índices de seca e de aridez podem auxiliar na gestão dos recursos hídricos pelos órgãos gestores, indicando a evolução dos fenômenos hidrológicos extremos, sugerindo a adoção de ações preventivas e mitigadoras quanto ao uso prioritário da água. Além disso, esses índices podem ser empregados como ferramenta para indicação de áreas susceptíveis ao processo de desertificação.

Palavras-chave:
Índice de Anomalia de Chuva (RAI); Índice de Precipitação Padronizado (SPI); Severidade de Seca de Palmer (PDSI); Aridez de Martonne (MIA); Aridez de Thornthwaite (AI); bacia do rio Brígida

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