As infecções respiratórias agudas (IRA) são importante causa de morbidade e mortalidade em menores de cinco anos. Importantes contrastes são observados em relação a isto nos diferentes países das Américas, e também entre regiões ou estados de um mesmo país. A morbidade está associdada a vários fatores, especialmente com a situação nutricional das pacientes e o tempo de aleitamento materno. Também as características dos cuidados prestados a essas crianças durante a doença são essenciais, com destaque para a percepção dos pais ou responsáveis em relação à doença, os cuidados que os mesmos prestam à criança durante a doença, a preocupação em decidir e consultar os serviços de saúde, a forma em que esses cuidados são oferecidos pelos serviços de saúde e em que as orientações são cumpridas em casa. Especial preocupação deve existir em relação à resistência bacteriana aos antibióticos, sendo um problema crescente na América, com uma média de 26,1% de resistência do Streptococcus pneumoniae à penicilina. Os antibióticos são freqüentemente utilizados de forma irresponsável com 70% das crianças com IRA recebendo-os desnecessariamente. Controlar as IRA tem-se tornado prioridade. Intervenções preventivas como as atuais vacinas conjugadas para Haemophilus influenzae e Streptococcus pneumoniae, e o manejo padronizado de casos, como proposto pela estrategia Atenção Integrada a Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI), aparecem como os mais importantes passos para este problema de Saúde Pública.
Infecções respiratórias; Cuidado da criança; Educação em saúde; Serviços de saúde