Resumo
Objetivos:
medir a prevalência de hipovitaminose D em gestantes saudáveis e analisar a associação entre variáveis e níveis de vitamina D.
Métodos:
estudo analítico transversal. 174 gestantes saudáveis selecionadas em quatro unidades básicas de saúde em São Luís, Brasil, em janeiro/fevereiro/2017. As participantes responderam um questionário contendo dados sociodemográficos e obstétricos. Coletou-se uma amostra de sangue para avaliar o nível plasmático de vitamina D. A associação entre as variáveis independentes e o desfecho foi avaliada pelos testes t de Student e Qui-quadrado.
Resultados:
a concentração média de vitamina D foi de 24,9±6,6 ng/mL. Quarenta mulheres (23,0%) apresentaram suficiência de vitamina D, 93 (53,4%) insuficiência, e 41 (23,6%) deficiência. Houve diferença na concentração de vitamina D entre evangélicas (23,1 ng/mL) e não-evangélicas (25,5 ng/mL) (p=0,02), e entre primigrávidas (23,8 ng/mL) e não-primigrávidas (25,7ng/mL) (p=0,03). Houve diferença na hipovitaminose D entre adolescentes (89,7%) e não-adolescentes (72,6%) (p=0,02) e entre primigrávidas (85,0%) e não-primigrávidas (69,2%) (p=0,01). Menor renda mensal per capita associou-se a uma maior frequência de suficiência de vitamina D.
Conclusões:
Devido ao impacto dos níveis inadequados de vitamina D na saúde das gestantes e dos seus recém-nascidos, mesmo em uma cidade equatorial, a hipovitaminose D em gestantes é um importante problema de saúde pública.
Palavras-chave
Vitamina D; Deficiência de vitamina D; Gravidez