Recomendação para contexto específico |
2a. Em cenários com alto índice de HIV, um teste de HIV pós-parto de recuperação é necessário para mulheres HIV-negativas ou status desconhecido que faltaram ao teste de contato pré-natal ou ao reteste no final da gravidez em uma consulta de terceiro trimestre.8
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Ofertar testagem para HIV com aconselhamento pré e pós teste a mulheres que não realizaram na gestação e parto.1
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| Recomendado |
8. Para o tratamento da obstrução mamária no período pós-parto, as mulheres devem ser aconselhadas e apoiadas a praticar a amamentação responsiva, o bom posicionamento do bebê na mama, a expressão do leite materno e o uso de compressas quentes ou frias, com base nas preferências da mulher.8
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Examinar as mamas, verificar a presença de ingurgitamento, sinais inflamatórios, infecciosos ou cicatrizes que dificultem a amamentação.1 Observar e avaliar a mamada para a busca do adequado posicionamento e da pega da aréola.1 Orientar quanto à ordenha manual, ao armazenamento e à doação do leite excedente a um Banco de Leite Humano.1 Quando a mama estiver ingurgitada, deve-se sempre realizar a expressão manual do leite para facilitar a pega e evitar fissuras.1 Orientar massagens delicadas com movimentos circulares; mamadas frequentes sem horários predefinidos; uso de sutiã com alças largas e firmes; uso de compressas frias e em caso de dor, analgésico.5
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| Recomendado |
10. Para a prevenção da mastite no período pós-parto, as mulheres devem ser aconselhadas e apoiadas a praticar a amamentação responsiva, o bom posicionamento do bebê na mama, a expressão manual do leite materno e o uso de compressas quentes ou frias, com base nas preferências da mulher.8
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Esclarecer sobre os cuidados com as mamas para evitar a mastite,5 sempre que possível orientar a não suspender a amamentação na mama afetada1,5 e iniciar a mamada pela não afetada, orientar a esvaziar adequadamente as mamas e a realizar ordenha manual.5 A pega e a posição devem ser corrigidas, se necessário.1 Oferecer apoio emocional, repouso da mãe e líquidos abundantes.5 Em caso de dor ou febre, prescrever medicação.5 Realizar antibioticoterapia.5 A prevenção é semelhante ao do ingurgitamento mamário e a das fissuras.5 A mastite exige avaliação médica para definição do tratamento medicamentoso adequado.1
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| Recomendado |
12. Aconselhamento dietético e informações sobre fatores associados à constipação devem ser oferecidos às mulheres para a prevenção da constipação pós-parto.8
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Investigar e orientar sobre alimentação,1 ingestão frequente de água, alimentação apropriada e em pequenas porções.5
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| Recomendado |
22. Mulheres puérperas sem contraindicação devem8: • realizar atividades físicas regulares durante todo o período pós-parto; • fazer pelo menos 150 minutos de atividade física durante a semana para benefícios substanciais à saúde; e • incorporar uma variedade de atividades físicas e de fortalecimento muscular; adicionar alongamento suave também pode ser benéfico. |
Orientar a prática de atividades físicas,1,5 exercícios de respiração, postura e fortalecimento muscular, incluindo exercícios para o assoalho pélvico.5
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| Assistência ao Recém-Nascido |
| Recomendado |
25. Os seguintes sinais devem ser avaliados durante cada contato pós-natal, e o recém-nascido deve ser encaminhado para avaliação adicional se algum dos sinais estiver presente: não se alimentando bem; história de convulsões; respiração rápida (frequência respiratória >60 por minuto); contração torácica severa; nenhum movimento espontâneo; febre (temperatura >37,5°C); temperatura corporal baixa (temperatura <35,5°C); qualquer icterícia nas primeiras 24 horas após o nascimento; ou palmas e solas amarelas em qualquer idade. Incentivamos pais e familiares a procurar cuidados de saúde precocemente se identificarem qualquer um dos sinais de perigo acima entre as consultas de cuidados pós-natais.8
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Avaliar e orientar os pais sobre os sinais de perigo na criança com menos de 2 meses e a necessidade de procurar serviço de emergência.4 Observar sinais de perigo à saúde da criança em todas as VD.4 Crianças com menos de 2 meses podem adoecer e morrer em pouco tempo.4 É necessário o encaminhamento urgente a serviço de referência o bebê que apresente sinais como: rejeição alimentar (não bebe ou mama), vômitos importantes, convulsões ou apneia, frequência cardíaca abaixo de 100 bpm, letargia ou inconsciência, respiração acelerada (maior que 60 mrm), atividade diminuída, presença de tiragem subcostal, batimentos de asas do nariz, febre (a partir de 37,5ºC), hipotermia (abaixo de 35,5ºC), icterícia visível abaixo do umbigo ou nas primeiras 24 horas de vida, entre outros sinais.4
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| Recomendado |
32a. Recomenda-se o cuidado do cordão umbilical para que fique limpo e seco.8
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Orientar quanto aos cuidados com o coto umbilical que deve permanecer limpo, seco e cair em torno de duas semanas.4 Observar as características do coto umbilical.1,5 A limpeza diária com clorexidina a 0,5% ou álcool etílico a 70% deve ser mantida até a queda.1 Orientar sobre cuidados.5
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Recomendação para contexto específico |
32b. A aplicação diária de clorexidina 4% (solução aquosa de digluconato de clorexidina 7,1% ou gel, fornecendo 4% de clorexidina) no coto do cordão umbilical na primeira semana após o nascimento é recomendada apenas em locais onde substâncias tradicionais nocivas (como esterco animal) são comumente usadas no cordão umbilical.8
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Não há especificação da população que utilizará a clorexidina, sendo a mesma orientação para a população em geral. |
| Recomendado |
33. Colocar o bebê para dormir em posição supina durante o primeiro ano após o nascimento é recomendado para prevenir a síndrome de morte súbita infantil (SMSL) e morte súbita inesperada em bebês (SUDI).8
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Orientar os pais e cuidadores para que a criança durma em posição supina (“barriga para cima”) e sua relação de proteção ao lactente contra morte súbita.4 Alertar sobre o risco de morte súbita no primeiro ano de vida da criança, especialmente nos seis primeiros meses.4
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Recomendação para contexto específico |
36. A suplementação de vitamina D em bebês* a termo em amamentação é recomendada para melhorar os resultados de saúde infantil apenas no contexto de pesquisas rigorosas.8 *Alterado pelas autoras |
É indicada em caso de prematuridade, pele escura, exposição inadequada à luz solar e filhos de mães vegetarianas estritas que estejam sendo amamentados.4 Não há recomendação para suplementação universal.4
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| Recomendado |
42. Todos os bebês devem ser amamentados exclusivamente desde o nascimento até os 6 meses de idade. As mães devem ser aconselhadas e receber apoio para amamentação exclusiva em cada contato pós-natal8. |
Orientar aleitamento materno exclusivo até os seis meses da criança,1,4,5 sem necessidade de chá, água ou outro alimento1 e sem prescrição suplementar desnecessária de outros leites.4 Incentivar e ajudar a família nas dificuldades do aleitamento materno,4,5 enfatizando seus benefícios e importância.5
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| Sistemas de Saúde e Intervenções de Promoção da Saúde |
| Recomendado |
44. Recomenda-se um mínimo de quatro contatos de cuidados pós-natais. Se o parto for em uma unidade de saúde, mulheres e recém-nascidos saudáveis devem receber cuidados pós-natais na unidade por pelo menos 24 horas após o nascimento. Se o parto for em casa, o primeiro contato pós-natal deve ser o mais precoce possível dentro de 24 horas após o nascimento. Recomenda-se pelo menos três contatos pós-natais adicionais para mulheres saudáveis e recém-nascidos, entre 48 e 72 horas, entre sete e 14 dias e durante a sexta semana após o nascimento.8
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VD na primeira semana após o parto.1,4 VD na primeira semana após a alta do bebê.1,5 VD e retorno da mulher e RN ao serviço de saúde entre 7 e 10 dias após o parto.1 Consulta de puerpério até 42 dias após o parto.1,5
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Recomendado com monitoramento e avaliação direcionados |
52. As intervenções para promover o envolvimento dos homens durante a gravidez, parto e após o nascimento são recomendadas para facilitar e apoiar a melhoria do autocuidado das mulheres, práticas de cuidado domiciliar para mulheres e recém-nascidos e uso de assistência especializada para mulheres e recém-nascidos durante a gravidez, parto e o período pós-natal e para aumentar o uso oportuno de cuidados de saúde para complicações obstétricas e neonatais. Essas intervenções são recomendadas, desde que implementadas de forma que respeite, promova e facilite as escolhas da mulher e sua autonomia na tomada de decisões, e que apoie a mulher no cuidado de si mesma e de seu filho recém-nascido.8
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Os profissionais da ESF que atuam no pré-natal e puerpério, desempenham importante papel para a inserção do pai (ou parceiro) e da família* na atenção durante esses períodos.1 O companheiro e pessoas próximas da mãe e do bebê são importantes no desenvolvimento da relação de confiança.1 O apoio do companheiro, da família e dos amigos atua preventivamente contra o sofrimento mental no puerpério1. O apoio da família e da equipe de saúde contribui para um puerpério mais satisfatório.1 O cuidado à puérpera deve incluir o pai, a família (em suas diversas conformações) e toda a rede social relacionada5. As gestantes são encaminhadas para pré-natal com especialista se apresentam fatores de risco gestacional ou situações de risco e também em caso de emergência obstétrica.1,5 A criança também é encaminhada para especialista, conforme sinais apresentados.4 *As expressões família, companheiro e pai nesse texto são consideradas de modo amplo, tendo em vista as diversas configurações de organização familiar existentes.1
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| Recomendado |
53. O uso de registros domiciliares, como complemento aos registros hospitalares, é recomendado para o atendimento de mulheres grávidas e puérperas, recém-nascidos e crianças, para melhorar o comportamento de procura de cuidados, o envolvimento e o apoio dos homens no lar, práticas de cuidados maternos e infantis em casa, alimentação de bebês e crianças e comunicação entre profissionais de saúde e mulheres, pais e encarregados de educação.8
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Não há orientação específica quanto ao registro sobre os atendimentos ocorridos em domicílio. |