Open-access Causas de mortalidade materna e materna tardia: da pandemia de H1N1 a de COVID-19, estado do Rio de Janeiro, 2009 a 2021

Resumo

Objetivos:  analisar as causas de mortalidade materna e materna tardia, com ênfase nas pandemias de H1N1 e COVID-19.

Métodos:  estudo ecológico com dados dos sistemas nacionais de informações sobre mortalidade e nascidos vivos. As causas foram descritas segundo a Classificação de Causas Maternas da OMS (ICD-MM). As razões de mortalidade materna, tardia e ampliada foram calculadas por 100.000 nascidos vivos, com intervalos de confiança de 95% (IC).

Resultados:  durante as pandemias, a mortalidade ampliada foi mais elevada: 104,6 (IC95%= 95,3-114,5) em 2009-2010 (H1N1) e 143,9 (IC95%=132,2-156,2) em 2020-2021 (COVID-19). Entre 2020 e 2021, o indicador aumentou 33,5%. As causas diretas predominaram, exceto em 2020-2021. As principais causas diretas foram doenças hipertensivas (17,5; IC95%= 13,7-22,1), outras complicações obstétricas, aborto e hemorragia. Durante as pandemias, a mortalidade por doenças hipertensivas aumentou e, entre as causas indiretas, destacaram-se doenças respiratórias em 2009-2010 (14,5; IC95%= 11,3-18,5) e outras doenças virais, principalmente infecção por coronavírus (55,6; IC95%= 48,5-63,4), em 2020-2021.

Conclusão:  o indicador ampliado quantifica de forma mais precisa o risco de morte. A atribuição de causas mais específicas às mortes maternas tardias e a aplicação da CID-MM podem orientar estratégias de prevenção.

Palavras-chave
Mortalidade materna; Causa de morte; Vírus da influenza A subtipo H1N1; COVID-19; Hipertensão

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