Open-access Aleitamento materno exclusivo: a presença de companheiro impacta positivamente na sua duração? estudo de coorte

Resumo

Objetivos:  identificar se a presença do companheiro favorece maior duração do aleitamento materno exclusivo (AME) de mulheres residentes em João Pessoa assistidas pelo Sistema Único de Saúde.

Métodos:  coorte com gestantes recrutadas nos serviços de saúde e acompanhadas nos seus domicílios. Coletou-se informações socioeconômicas, demográficas, sobre pré-natal, parto, cuidados no puerpério e alimentação do bebê. Mediana do AME foi calculada por análise de sobrevivência, Kaplan-Meyer, com teste log-rank para comparar grupos. Estimou-se os efeitos independentes dos fatores relacionados com AME com regressão múltipla de Cox. Considerou-se 5% de nível de significância.

Resultados:  foram acompanhadas 162 mulheres e seus filhos. Mediana do AME foi 120 dias. Até os primeiros quatro meses pós-parto, mulheres com companheiro tiveram maior duração do AME (p=0,002). No modelo final, “ter recebido orientações no pré-natal” (HR= 1,67; IC95%= 1,05 - 2,65), “não ter tido dificuldade para amamentar após a alta hospitalar” (HR: 1,58; IC95%= 1,03 - 2,42) e “não usar chupeta” (HR= 1,64; IC95%= 1,07 - 2,53) favoreceram maior duração do AME.

Conclusão:  o apoio prolongado do companheiro pode ser uma estratégia viável para a melhora do AME. Ações de promoção e não oferecer chupeta são importantes para uma maior duração do AME e o apoio e manejo no puerpério precisam ser fortalecidos.

Palavras-chave
Aleitamento materno; Saúde materno-infantil; Estudos de coorte

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