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Desigualdades socioeconômicas na mortalidade por câncer de mama em microrregiões do Nordeste brasileiro

Resumo

Objetivos:

avaliar a relação entre as taxas corrigidas de mortalidade por câncer de mama e indicadores de condições de vida das idosas das microrregiões do Nordeste brasileiro.

Métodos:

adotou-se um estudo ecológico nos anos de 2010 e 2015 para as 188 microrregiões do Nordeste utilizando a modelagem de equações estruturais. Os dados de população, óbitos e indicadores de condições de vida foram extraídos do IBGE, SIM/MS e SISAP-Idoso, respectivamente. Os dados de óbitos por câncer de mama foram corrigidos para subregistro, óbitos mal definidos e códigos garbage. Calcularam-se taxas padronizadas de mortalidade para permitir a comparação tempo-espacial.

Resultados:

a recuperação de um número considerável de óbitos possibilitou obter uma maior acurácia na estimação das taxas de mortalidade em nível de microrregiões. Um aumento nas taxas de mortalidade foi observado no período. A modelagem de equações estruturais apresentou um modelo robusto com significância para alguns indicadores de condições de vida. As taxas foram mais elevadas em microrregiões com menor percentual de idosas analfabetas, menor percentual de idosas em situação de pobreza, menor razão de dependência e maior percentual de idosas residentes em domicílios com água encanada.

Conclusões:

os resultados apontaram uma tendência de aumento das mortes de idosas por câncer de mama na região, com níveis maiores nas microrregiões com melhores indicadores de condições de vida.

Palavras-chave
Mortalidade; Neoplasia da mama; Sub-registro; Condições sociais; Modelos estruturais

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