| Cezar e Marziale25 (2006) |
Analisar a violência ocupacional entre trabalhadores do serviço de urgência de um hospital. |
Pesquisa quantitativa; instrumento de avaliação de violência no trabalho, registros de casos de violência e entrevistas. Foram entrevistados 33 trabalhadores da enfermagem e 14 médicos: 95,2% disseram ter sofrido agressões verbais; 16,7% dos médicos e 30% da equipe de enfermagem relataram AMT. |
| Xavier et al.26 (2009) |
Analisar o AMT no setor de saúde no estado do Rio de Janeiro. |
Responderam a um questionário autoaplicável 1.569 profissionais. Auxiliares de enfermagem foram os que mais relataram AMT (22,7%), seguidos dos enfermeiros (21,5%). Os agressores foram colegas, supervisores e gestores (48,7%). |
| Villaça e Palácios27 (2010) |
Analisar o trote na percepção de estudantes e docentes de medicina e relatar as situações de violência. |
Pesquisa qualitativa; estudo de caso. Foram encontradas situações de abusos verbais e físicos, casos de estelionato, agressões, desqualificações, ameaças e humilhações no trote universitário. Há indícios da naturalização da violência por parte dos depoentes. |
| Fontes et al.14 (2011) |
Verificar os conhecimentos sobre AMT na enfermagem em produções nacionais e internacionais. |
Foram analisadas 18 publicações através de revisão integrativa: as ações de assédio incluem humilhações, depreciações, controle do trabalho, exposições de críticas depreciativas etc. Interferências na saúde: tristeza, depressão, desequilíbrios do sono, ansiedade, dores de cabeça, medo, solidão e sintomas de estresse. |
| Fontes e Carvalho28 (2012) |
Identificar as percepções de enfermeiros sobre o assédio moral e as variáveis envolvidas, características e condutas do AMT. |
Abordagem quantitativa (177 mulheres e 22 homens) e uso de estatística descritiva: 29,7% dos entrevistados perceberam-se vítimas de AMT; a duração média da violência foi de 13,5 meses; 64,8% presenciaram colegas sendo vítimas de AMT. Condutas comuns: “questionamento de decisões” (26,1%) e “ataques verbais criticando trabalhos realizados” (16,6%). |
| Marques et al.29 (2012) |
Conhecer a prevalência de casos de AMT em residentes médicos e não médicos. |
Abordagem quantitativa (105 residentes) com uso de questionários: 41,9% já sofreram com o assédio moral. Mulheres referiram mais problemas psíquicos em decorrência do AMT. Principais assediadores são preceptores e coordenadores de cursos. |
| Fontes et al.30 (2013) |
Identificar o AMT entre enfermeiros e determinar os fatores associados. |
Abordagem quantitativa (199 enfermeiros): 11,6% foram vítimas de AMT. O grupo assediado relatou sofrer agressões majoritariamente de mulheres. Trabalhar no mesmo local por um período de 1 a 3 anos aparece como um fator mais fortemente ligado ao AMT. |
| Cahu et al.31 (2014) |
Analisar situações de AMT vivenciadas por enfermeiros |
Abordagem quantitativa com 259 enfermeiros de unidades básicas de saúde e hospitais. Principais situações de AMT relatadas: manipular pessoas para assumir posicionamentos contrários aos interesses do assediado (47,4%), impedir o crescimento profissional (40,5%), falar aos gritos (32,8%), ignorar a presença na frente de outras pessoas (55,2%). |
| Nelson et al.32 (2014) |
Examinar as percepções do AMT e o bem-estar de profissionais de enfermagem. |
Pesquisa quantitativa com 868 enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem (89,5% mulheres) de 4 hospitais brasileiros. Há desvalorização profissional, receio de perder o emprego, contratos precários de trabalho, insegurança, vulnerabilidade e pouco apoio institucional. |
| Andrade et al.33 (2015) |
Investigar as situações de AMT e suas causas e consequências em enfermeiros da atenção básica de saúde. |
Pesquisa qualitativa com 16 profissionais de enfermagem (11 técnicos de enfermagem e 5 enfermeiros). Foram relatadas humilhações, perseguições constantes, AMT descendente e constrangimentos. Problemas de saúde relatados: febre emocional, medo, tristeza, choro e depressão. |
| Lima e Sousa34 (2015) |
Investigar e caracterizar a violência psicológica no trabalho entre equipe de enfermagem, pacientes e acompanhantes. |
Pesquisa quantitativa com 124 trabalhadores da área da enfermagem. Foram relatadas agressões verbais (95%), assédio moral (27%), assédio sexual (9%) e discriminação racial (9%). |
| Hagopian, Freitas e Costa23 (2016) |
Identificar e analisar o AMT na enfermagem. |
Estudo bibliográfico por meio de revisão sistemática; análise qualitativa. As autoras mostram as dificuldades no reconhecimento e enfrentamento do AMT pela área da enfermagem. |
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Educação
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Autores (ano)
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Objetivos
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Método e principais achados
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| Canen e Canen35 (2007) |
Analisar a organização do trabalho a partir do multiculturalismo a fim de auxiliar na gestão de conflitos de uma instituição de ensino superior. |
Pesquisa qualitativa; estudo de caso com enfoque na história oral. Evidencia-se o respeito à diversidade cultural (gênero, raça/etnia, orientação sexual, religião etc.). As lutas pelo poder nas instituições podem perpassar o AMT. Importância do multiculturalismo nas práticas de lideranças na gestão do trabalho. |
| Caran et al.36 (2010) |
Identificar o AMT entre professores do ensino superior público. |
Estudo quantitativo com 54 docentes: 40,7% sofreram AMT, 59,3% presenciaram colegas sendo assediados. Foram relatadas ameaças, humilhações, fofocas, desqualificações, gritos, críticas e difamações. |
| Campos et al.37 (2012) |
Analisar o AMT, seus riscos e implicações para a saúde dos servidores públicos. |
Pesquisa qualitativa; estudo de caso de uma docente com realização de entrevistas, análise de documentos, anamnese e observação. Houve riscos biopsicossociais à saúde e deterioração das relações profissionais. |
| Pinto e Paula38 (2013) |
Analisar a violência interpessoal vivenciada por universitários que atuaram ou atuam em uma empresa júnior universitária. |
Estudo qualitativo com 20 entrevistas; metodologia da história oral. Observou-se a naturalização da violência por parte de assediados e assediadores. O estudo analisa o assédio moral no trabalho e as relações entre violência simbólica e interpessoal. |
| Jacoby e Monteiro39 (2014) |
Investigar a prevalência do AMT entre estudantes universitários trabalhadores e suas características laborais e biossociodemográficas. |
Pesquisa quantitativa com 457 jovens da área de psicologia, administração e contabilidade. Verificaram-se altos índices de práticas de AMT, vistas como naturais e inerentes à organização do trabalho. |
| Rodrigues e Freitas40 (2014) |
Investigar e analisar o AMT e as condições organizacionais que favorecem a sua ocorrência segundo a percepção de professores universitários de instituições privadas. |
Pesquisa qualitativa com análise documental de 6 processos trabalhistas e 17 entrevistas com professores. O AMT está relacionado a questões de ordem pessoal e organizacional e à competitividade. Os depoentes apontaram as influências do AMT na vida familiar e no desenvolvimento da carreira. |
| Guimarães, Cançado e Lima41 (2016) |
Caracterizar um caso de AMT em uma instituição pública de ensino superior. |
Pesquisa qualitativa; análise documental, coleta de depoimentos de envolvidos e entrevista com o servidor assediado. Foram relatados assédio vertical descendente com implicações na saúde física, mental e emocional e ausência de atuação do serviço de recursos humanos. |
| Jacoby e Monteiro42 (2016) |
Investigar o AMT entre estudantes trabalhadores e as relações com o bem-estar. |
Pesquisa quantitativa (457 estudantes de graduação) com uso de questionário. Houve relação do AMT com o bem-estar dos estudantes, com menor satisfação no trabalho e interferências nas atividades laborais. |