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Farelo de dendê como aditivo em silagens de capim elefante

Objetivou-se com este estudo avaliar o efeito da adição de farelo de dendê (BP) como aditivo na silagem de capim-elefante. A composição química e fermentação foram analisadas em delineamento experimental inteiramente casualizado, com seis tratamentos, sendo um sem BP (C) e seis repetições, em que as médias dos resultados dos dias de fechamento e abertura foram analisadas por análise de regressão. As amostras foram coletadas no momento da ensilagem e após 190 dias de armazenamento para avaliação da matéria seca, proteína bruta, carboidratos (total, não fibrosos, solúvel em água, celulose e hemicelulose), cinzas, lignina e extrato etéreo. Na fase aeróbia, foram coletadas amostras para pH, nitrogênio amoniacal, fungos e leveduras. O capim-elefante do experimento apresentou valores de 13,9% de MS e 8,25% de PB, enquanto a BP tem 77,2% de MS e 16,9% de PB. A inclusão de BP inibiu o crescimento de fungos e leveduras. O aumento do teor de BP diminuiu a concentração de NH3-N. Maiores concentrações de BP tornaram as silagens mais estáveis, tendo sua quebra em 72 horas, enquanto que a estabilidade de C foi de 19 horas. As silagens com concentrações superiores a 15% BP não apresentaram variações significativas no pH, na fase aeróbica. A inclusão de farelo de palma, em concentrações de 10% a 15% pode ser usado em silagem de elefante, inibindo fermentação indesejável e tornando-as mais estáveis. Concentrações acima deste valor podem afetar o valor nutritivo da silagem pelo alto teor de lignina do aditivo.

estabilidade aeróbia; Elaeis guineensis; fermentação; Pennisetum purpureum


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