RESUMO
Este estudo objetivou avaliar a mobilização energética em tambaqui submetido ao jejum, após a realimentação de um dia. 120 juvenis de tambaqui foram distribuídos em 12 caixas de polietileno de 310L. Foram avaliados três tratamentos: grupo controle (14 dias de alimentação); Jejum de 14 dias; e realimentado (13 dias em jejum e um dia de realimentação). Após o período experimental, os peixes foram anestesiados com eugenol para coleta de sangue e o soro e o plasma foram utilizados para dosagem de glicose, triglicerídeos, colesterol e proteína sérica. Posteriormente, os peixes foram eutanasiados para remoção de fígado e gordura mesentérica e foram usados na determinação de glicogênio e lipídio hepático e índice de gordura mesentérica. Os resultados foram submetidos à ANOVA e as médias comparadas pelo teste de Tukey quando observada significância estatística (P <0,05). Glicose, triglicérides e proteína sérica reduziram após o jejum, diferindo estatisticamente com o controle. Já a realimentação resultou na recuperação dos três indicadores sanguíneos. A análise no fígado mostra que o glicogênio foi consumido intensamente durante o jejum e recuperou parcialmente após a realimentação, quando comparados ao grupo controle. Os resultados obtidos neste estudo sugerem que o jejum de 14 dias não foi prejudicial aos peixes e os tambaqui são capazes de ajustar rapidamente seu metabolismo de acordo com seu estado nutricional.
Palavras-chave: peixe amazônico; mobilização de energia; restrição alimentar; metabolismo