Objetivou-se determinar a melhor combinação para recuperação de pasto de Urochloa decumbens cv. Basilisk utilizando sete tratamentos que constaram do capim-braquiária sem intervenção (sem correção de solo e adubação); do capim-braquiária adubado com fósforo (P) e potássio (K) sem nitrogênio (N); do capim-braquiária adubado com P, K e N; e dos consórcios com: Arachis pintoi + Stylosanthes cv. Campo Grande; Stylosanthes cv. Campo Grande; Calopogonium mucunoides + Neonotonia wightii e N. wightii. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com quatro repetições. Foram realizados seis cortes por tratamento para verificação do acúmulo de biomassa, composição morfológica e análises de proteína bruta, fibra em detergente neutro e ácido, lignina e digestibilidade in vitro. A correção do solo e a adubação com P e K proporcionaram acúmulo de forragem significativamente maior que o capim-braquiária sem intervenção. Entretanto, os maiores acúmulos de forragem foram obtidos nos consórcios com mistura de leguminosas forrageiras, que não diferiram do capim-braquiária adubado com N, demonstrando a maior viabilidade de utilização dos consórcios com mais de uma espécie de leguminosa. As folhas de U. decumbens apresentaram, de modo geral, melhor valor nutritivo quando consorciadas com leguminosas. A utilização das leguminosas herbáceas na recuperação de pasto de capim-braquiária degradados sem utilização de adubos nitrogenados mostra-se viável, pois favorece o acúmulo de forragem e a qualidade da gramínea, com destaque para a mistura de leguminosas. A adubação nitrogenada aumenta a produtividade da gramínea, mas proporciona menor razão folha/colmo e, seus componentes fibrosos apresentam baixa digestibilidade da forragem.
composição química; consorciação; degradação; digestibilidade; sustentabilidade