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Desfechos de mortalidade, morbidade e qualidade de vida em pacientes que necessitaram de 14 ou mais dias de ventilação mecânica: estudo de coorte de 12 meses após a unidade de terapia intensiva

Prezado Editor,

Os pacientes que sobrevivem à unidade de terapia intensiva (UTI) padecem de significante morbidade,(11 Shankar-Hari M, Rubenfeld GD. Understanding long-term outcomes following sepsis: implications and challenges. Curr Infect Dis Rep. 2016;18(11):37.,22 Flaatten H. Mental and physical disorders after ICU discharge. Curr Opin Crit Care. 2010;16(5):510-5.) e uma dependência mais longa da ventilação mecânica (VM) aumenta a probabilidade de que sofram de síndrome de inflamação-imunossupressão e catabolismo persistente.(33 Balas M, Buckingham R, Braley T, Saldi S, Vasilevskis EE. Extending the ABCDE bundle to the post-intensive care unit setting. J Gerontol Nurs. 2013;39(8):39-51.

4 Gentile LF, Cuenca AG, Efron PA, Ang D, Bihorac A, McKinley BA, et al. Persistent inflammation and immunosuppression: a common syndrome and new horizon for surgical intensive care. J Trauma Acute Care Surg. 2012;72(6):1491-501.
-55 Mira JC, Gentile LF, Mathias BJ, Efron PA, Brakenridge SC, Mohr AM, et al. Sepsis pathophysiology, chronic critical illness, and persistent inflammation-immunosuppression and catabolism syndrome. Crit Care Med. 2017;45(2):253-62.) Tais pacientes têm inflamação persistente, insuficiência crônica de órgãos, catabolismo proteico persistente e má nutrição, levando a caquexia, problemas na cicatrização de feridas e imunossupressão, com maior suscetibilidade a infecções secundárias, além de baixos níveis de sobrevivência em longo prazo.(33 Balas M, Buckingham R, Braley T, Saldi S, Vasilevskis EE. Extending the ABCDE bundle to the post-intensive care unit setting. J Gerontol Nurs. 2013;39(8):39-51.,44 Gentile LF, Cuenca AG, Efron PA, Ang D, Bihorac A, McKinley BA, et al. Persistent inflammation and immunosuppression: a common syndrome and new horizon for surgical intensive care. J Trauma Acute Care Surg. 2012;72(6):1491-501.) Estes pacientes são classificados como portadores de doença crítica crônica (DCC) e apresentam evolução prolongada e complexa na UTI, que dura mais de 7 dias, sofrem de infecções recorrentes, disfunções de órgãos, desnutrição, fraqueza, declínio cognitivo e institucionalização prolongada, sendo que muitos não conseguem reconquistar uma independência funcional e apresentam maus resultados em termos de sobrevivência em longo prazo.(66 Lamas D. Chronic critical illness. N Engl J Med. 2014;370(2):175-7.

7 Kahn JM, Le T, Angus DC, Cox CE, Hough CL, White DB, Yende S, Carson SS; ProVent Study Group Investigators. The epidemiology of chronic critical illness in the United States. Crit Care Med. 2015;43(2):282-7.
-88 Cox CE. Persistent systemic inflammation in chronic critical illness. Respir Care. 2012;57(6):859-64; discussion 864-6.)

O prognóstico em longo prazo de pacientes com DCC (por exemplo, pacientes com VM por períodos iguais ou superiores há 14 dias) foi avaliado em metanálise por Damuth et al.(99 Damuth E, Mitchel JA, Bartock JL, Roberts BW, Trzeciak S. Long-term survival of critically ill patients treated with prolonged mechanical ventilation: a systematic review and meta-analysis. Lancet Respir Med. 2015;3(7):544-53.) (39 estudos de 16 países). Os autores relataram taxa de mortalidade hospitalar de 29% (intervalo de confiança de 95% - IC95% 26 - 32%) e de 59% (IC95% 56 -62%) após 1 ano de acompanhamento. Contudo, a qualidade de vida (QoL) desses pacientes ainda não foi descrita. Desta forma, desenvolvemos um estudo multicêntrico prospectivo de coorte envolvendo três UTIs clínico-cirúrgicas (UTI 1: 31 leitos; UTI 2: 10 leitos; e UTI 3: 10 leitos) em um período de 18 meses, que teve a inclusão de 25 pacientes consecutivos dependentes de VM por 14 dias ou mais, que receberam alta da UTI e foram seguidos por 12 meses. A média de idade dos pacientes foi de 63,4 ± 17,8 anos, 48% deles eram do sexo masculino, e o índice médio do escore de Charlson foi de 2,1 ± 1,9. A causa principal para admissão à UTI foi clínica (68%). O Acute Physiology and Chronic Health Disease Classification System (APACHE) II mediano foi de 17,7 (12,2 - 22,8), o número mediano de dias na UTI foi de 17,7 (13,1 - 27,5) dias, 92% dos pacientes utilizaram fármacos vasopressores e inotrópicos, 56% dos pacientes necessitaram de diálise contínua ou intermitente e 8% dos pacientes utilizaram nutrição parenteral total durante sua permanência na UTI.

Durante o período de seguimento de 12 meses, 36% dos pacientes morreram, 86% dos pacientes necessitaram de readmissão não planejada ao hospital e 11% (n = 1/11) dos que antes trabalhavam conseguiram voltar ao trabalho. Apenas 32% dos pacientes conseguiram responder a questionários auto administrados, a saber: Escala de Impacto do Evento (IES), para avaliar transtorno do estresse pós-traumático (TEPT); Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS), para verificar depressão e ansiedade; e 12-Item Short-Form Health Survey (SF-12), para avaliar a qualidade de vida. Sintomas de ansiedade e depressão estavam presentes em 28,5% dos pacientes, e nenhum dos participantes apresentava quadro de TEPT. O escore para o domínio físico do SF-12 (45,5 ± 10,5) foi mais baixo do que para o domínio mental (50,3 ± 10,4). Utilizou-se o índice de Barthel para avaliar a capacidade de realizar atividades da vida diária. Os pacientes perderam função em todas as categorias de Barthel, porém principalmente em termos de controle do esfíncter anal (12,5% dos pacientes; p = 0,01) e controle do esfíncter vesical (25% dos pacientes; p = 0,004), em comparação com a avaliação antes da internação na UTI.

Apenas uma pequena proporção dos pacientes dependentes de VM que sobrevivem à alta hospitalar tem alta para suas casas (19%; IC95% 16 - 24%).(1010 Combes A, Costa MA, Trouillet JL, Baudot J, Mokhtari M, Gibert C, et al. Morbidity, mortality, and quality-of-life outcomes of patients requiring > or =14 days of mechanical ventilation. Crit Care Med. 2003;31(5):1373-81.) Quase todos os pacientes com DCC deixam o hospital com comprometimentos graves da função física, cognitiva ou de ambas.(1010 Combes A, Costa MA, Trouillet JL, Baudot J, Mokhtari M, Gibert C, et al. Morbidity, mortality, and quality-of-life outcomes of patients requiring > or =14 days of mechanical ventilation. Crit Care Med. 2003;31(5):1373-81.) A maior parte destes pacientes demanda cuidados institucionais, e a frequência de readmissões durante o primeiro ano após a alta hospitalar supera 40% dos casos.(1111 Rimachi R, Vincent JL, Brimioulle S. Survival and quality of life after prolonged intensive care unit stay. Anaesth Intensive Care. 2007;35(1):62-7.,1212 Euteneuer S, Windisch W, Suchi S, Köhler D, Jones PW, Schönhofer B. Health-related quality of life in patients with chronic respiratory failure after long-term mechanical ventilation. Respir Med. 2006;100(3):477-86.) Pacientes que recebem alta do hospital para instituições de cuidados prolongados e não podem ser suficientemente reabilitados para voltar à casa dentro de 6 meses em geral permanecem na instituição até a morte.(55 Mira JC, Gentile LF, Mathias BJ, Efron PA, Brakenridge SC, Mohr AM, et al. Sepsis pathophysiology, chronic critical illness, and persistent inflammation-immunosuppression and catabolism syndrome. Crit Care Med. 2017;45(2):253-62.,66 Lamas D. Chronic critical illness. N Engl J Med. 2014;370(2):175-7.,1111 Rimachi R, Vincent JL, Brimioulle S. Survival and quality of life after prolonged intensive care unit stay. Anaesth Intensive Care. 2007;35(1):62-7.,1212 Euteneuer S, Windisch W, Suchi S, Köhler D, Jones PW, Schönhofer B. Health-related quality of life in patients with chronic respiratory failure after long-term mechanical ventilation. Respir Med. 2006;100(3):477-86.) Alguns autores demonstraram que menos de 12% dos pacientes com DCC estão vivos e independentes 1 ano após a doença aguda.(1313 Lipsett PA, Swoboda SM, Dickerson J, Ylitalo M, Gordon T, Breslow M, et al. Survival and functional outcome after prolonged intensive care unit stay. Ann Surg. 2000;231(2):262-8.) Além disto, a dependência prolongada de suporte ventilatório pode reduzir a expectativa de vida em longo prazo.(1313 Lipsett PA, Swoboda SM, Dickerson J, Ylitalo M, Gordon T, Breslow M, et al. Survival and functional outcome after prolonged intensive care unit stay. Ann Surg. 2000;231(2):262-8.,1414 Tonnelier A, Tonnelier JM, Nowak E, Gut-Gobert C, Prat G, Renault A, et al. Clinical relevance of classification according to weaning difficulty. Respir Care. 2011;56(5):583-90.) Nossos pacientes tiveram baixas taxas de ansiedade, depressão e TEPT, embora apenas uma minoria dos pacientes tenha sido capaz de responder aos questionários. A probabilidade de voltar ao trabalho foi impressionantemente baixa (11%), e houve número muito alto de pacientes que precisaram ser readmitidos durante o seguimento (86% dos pacientes durante os 12 meses de seguimento). Em contraste com estes dados, Euteneuer et al.(1212 Euteneuer S, Windisch W, Suchi S, Köhler D, Jones PW, Schönhofer B. Health-related quality of life in patients with chronic respiratory failure after long-term mechanical ventilation. Respir Med. 2006;100(3):477-86.) avaliaram 73 sobreviventes em longo prazo (acima de 6 meses) que foram transferidos para um centro especializado em desmame em razão de VM prolongada (superior a 14 dias) e falha do desmame. Os autores identificaram que a presença de insuficiência respiratória crônica (IRC) por si só era o principal determinante da QoL. Aqui, a causa por trás da IRC foi o fator principal que determinou o grau de comprometimento da QoL (medida pelo Medical Outcomes Study 36 - Item Short - Form Health Survey - SF-36), sendo que pacientes que sofriam de distúrbios ventilatórios restritivos relataram melhor QoL do que aqueles com doença pulmonar obstrutiva crônica ou doenças neuromusculares. Combes et al.(1010 Combes A, Costa MA, Trouillet JL, Baudot J, Mokhtari M, Gibert C, et al. Morbidity, mortality, and quality-of-life outcomes of patients requiring > or =14 days of mechanical ventilation. Crit Care Med. 2003;31(5):1373-81.) avaliaram a QoL com utilização dos questionários Nottingham Health Profile e St. George's Respiratory em 87 pacientes dependentes de VM por 14 dias ou mais, após tempo mediano de seguimento de 3 anos depois da alta da UTI. Em comparação a controles da comunidade, os pacientes tiveram significantemente mais dificuldades em todos os domínios de QoL, exceto isolamento social. Os piores défices foram relacionados à energia, distúrbios do sono e mobilidade física. Outros dois estudos que mediram a QoL em pacientes dependentes da VM com traqueostomias(1515 Engoren M, Arslanian-Engoren C, Fenn-Buderer N. Hospital and long-term outcome after tracheostomy for respiratory failure. Chest. 2004;125(1):220-7.) e pacientes em unidades especializadas de cuidados pós-UTI(1616 Chatila W, Kreimer DT, Criner GJ. Quality of life in survivors of prolonged mechanical ventilatory support. Crit Care Med. 2001;29(4):737-42.) também observaram défices significantes na função física e no sono, com boa saúde emocional em geral. Em uma unidade especializada em desmame do ventilador, até dois terços dos sobreviventes foram incapazes de responder a avaliações cognitivas por telefone após 6 meses de acompanhamento.(1717 Hopkins RO, Jackson JC. Long-term neurocognitive function after critical illness. Chest. 2006;130(3):869-78.,1818 Nelson JE, Cox CE, Hope AA, Carson SS. Chronic critical illness. Am J Respir Crit Care Med. 2010;182(4):446-54.) Isto sugere que a QoL geral das coortes com tempo mais prolongado de VM é pior do que é possível medir com as ferramentas de avaliação da QoL. Mais ainda, a maior parte destes pacientes morre dentro de 12 meses, e a maioria deles experimenta sintomas graves durante o processo. Assim, alguns autores(44 Gentile LF, Cuenca AG, Efron PA, Ang D, Bihorac A, McKinley BA, et al. Persistent inflammation and immunosuppression: a common syndrome and new horizon for surgical intensive care. J Trauma Acute Care Surg. 2012;72(6):1491-501.

5 Mira JC, Gentile LF, Mathias BJ, Efron PA, Brakenridge SC, Mohr AM, et al. Sepsis pathophysiology, chronic critical illness, and persistent inflammation-immunosuppression and catabolism syndrome. Crit Care Med. 2017;45(2):253-62.
-66 Lamas D. Chronic critical illness. N Engl J Med. 2014;370(2):175-7.,1919 Desai SV, Law TJ, Needham DM. Long-term complications of critical care. Crit Care Med. 2011;39(2):371-9.) sugerem que os cuidados paliativos deveriam se tornar o componente mais importante do tratamento destes pacientes com VM prolongada.

Nosso estudo tem importante limitação, isto é, uma amostra de tamanho muito reduzido (n = 25). Contudo, o ponto forte deste estudo é a avaliação completa de todos os domínios da síndrome crítica pós-UTI. Ele apresenta relato da vida diária, de características neuropsiquiátricas e físicas da doença crítica persistente, e os dados demonstram que um terço dos pacientes dependentes da VM por mais de 14 dias que sobrevivem à UTI morrem dentro de 1 ano após a alta. Além disto, pequena proporção dos pacientes consegue voltar ao trabalho; em sua maioria necessitam de muitas readmissões ao hospital, são amplamente incapazes de responder a avaliações autoadministradas de QoL, e têm ansiedade, depressão e estresse pós-traumático com relativa frequência.

Cláudia da Rocha Cabral Universidade Vale do Rio dos Sinos - São Leopoldo (RS), Brasil.
Cassiano Teixeira Departamento de Terapia Intensiva, Hospital São Lucas, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - Porto Alegre (RS), Brasil; Clínica Médica, Hospital Moinhos de Vento - Porto Alegre (RS), Brasil; Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - Porto Alegre (RS), Brasil e Departamento de Terapia Intensiva, Hospital de Clínicas de Porto Alegre - Porto Alegre (RS), Brasil.
Régis Goulart Rosa Departamento de Terapia Intensiva, Hospital Moinhos de Vento - Porto Alegre (RS), Brasil
Caroline Robinson Hospital Moinhos de Vento - Porto Alegre (RS), Brasil.
Daniel Sganzerla Hospital Moinhos de Vento - Porto Alegre (RS), Brasil.
Sérgio Henrique Loss Departamento de Terapia Intensiva, Hospital de Clínicas de Porto Alegre - Porto Alegre (RS), Brasil.
Priscila Lora Universidade Vale do Rio dos Sinos - São Leopoldo (RS), Brasil.
Vania Dezoti Micheletti Universidade Vale do Rio dos Sinos - São Leopoldo (RS), Brasil.

REFERÊNCIAS

  • 1
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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    14 Out 2019
  • Data do Fascículo
    Jul-Sep 2019

Histórico

  • Recebido
    27 Dez 2018
  • Aceito
    21 Jan 2019
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