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Terapia nutricional e sepse neonatal

O objetivo do presente artigo é revisar a literatura acerca dos conhecimentos atuais relativos à terapia nutricional - enteral e parenteral - para os recém-nascidos pré-termo, principalmente os de muito baixo peso, destacando seu efeito protetor na sepse neonatal e na enterocolite necrosante. As diferentes modalidades de alimentação do recém-nascido prematuro - especialmente para aqueles de muito baixo peso - e seu efeito protetor na diminuição de complicações (mormente as infecciosas) foram analisadas. A utilização preferencial do leite materno na nutrição enteral, o controle das ofertas energético-protéicas, o início precoce da nutrição enteral mínima, a introdução precoce da alimentação parenteral - nas primeiras 24 horas - e a utilização dos imunonutrientes que tenham estudos suficientes para fundamentar sua indicação podem se constituir em boas diretrizes adjuvantes na prevenção da sepse neonatal e da enterocolite necrosante. Sem embargo, percebe-se a necessidade de mais estudos - preferencialmente multicêntricos, controlados e randomizados - para esclarecer o papel protetor da nutrição no RNPT, não somente na prevenção de infecções, mas também para auxiliar o desenvolvimento neural e a prevenção de consequências deletérias futuras.

Nutrição; Sepse; Recém-nascido


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