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Prevalência e fatores associados à displasia broncopulmonar em hospital de referência para microrregião de Minas Gerais

OBJETIVO: Avaliar a prevalência e os fatores associados à displasia broncopulmonar em uma unidade de terapia intensiva neonatal. MÉTODOS: Estudo transversal de dados secundários de prematuros nascidos com menos de 32 semanas de gestação, admitidos em uma unidade de terapia intensiva neonatal. Utilizaram-se os testes qui-quadrado, Mann-Whitney e a regressão multivariada. Considerou-se p<0,05. RESULTADOS: Estudaram-se 88 prematuros. A displasia broncopulmonar ocorreu em 27,3% e se associou à idade gestacional inferior a 28 semanas (OR: 4,80; IC95%: 1,50-15,34; p=0,008) e à persistência do canal arterial (OR: 3,44; IC95%: 1,10-10,76; p=0,034). O grupo com displasia broncopulmonar utilizou maior tempo de ventilação mecânica, com mediana de 24,5 dias (p<0,0001). No momento da alta, as idades corrigida e cronológica foram maiores no grupo com displasia broncopulmonar (p<0,0001), com medianas respectivas de 38,4 semanas e 70,5 dias. CONCLUSÕES: A prevalência de displasia broncopulmonar neste estudo foi elevada, associando-se à prematuridade extrema, à persistência do canal arterial, ao maior tempo de ventilação mecânica e ao prolongamento da internação. Essa morbidade constitui problema de saúde pública em razão do aumento da sobrevida dos prematuros de menores idades gestacionais.

Displasia broncopulmonar; Prematuro; Recém-nascido de baixo peso; Doenças do prematuro


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