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Resposta para: Injúria renal aguda e hipertensão intra-abdominal em paciente queimado em terapia intensiva

Os autores agradecem os comentários e a oportunidade de esclarecer pontos do estudo publicado na Revista Brasileira de Terapia Intensiva(11 Talizin TB, Tsuda MS, Tanita MT, Kauss IA, Festti J, Carrilho CM, et al. Acute kidney injury and intra-abdominal hypertension in burn patients in intensive care. Rev Bras Ter Intensiva. 2018;30(1):15-20.) e sobre a incorporação da monitorização de pressão intra-abdominal (PIA) na prática clínica.

Sobre a investigação da utilização de glicopeptídeos, os autores esclarecem que essa variável foi tratada como potencial confundidora para o desfecho "injúria renal aguda", explorado no estudo. Essa classe de antimicrobianos é reconhecidamente nefrotóxica(22 Sinha Ray A, Haikal A, Hammoud KA, Yu AS. Vancomycin and the risk of AKI: a systematic review and meta-analysis. Clin J Am Soc Nephrol. 2016;11(12):2132-40.,33 Cavalcanti AB, Goncalves AR, Almeida CS, Bugano DD, Silva E. Teicoplanin versus vancomycin for proven or suspected infection. Cochrane Database Syst Rev. 2010;(6):CD007022.) e amplamente utilizada em nossos pacientes adultos graves. Dessa forma, essa variável entrou no modelo da análise univariada juntamente de outras variáveis potencialmente confundidoras para o mesmo desfecho.

Sobre a mensuração contínua da PIA com o sistema AbViser(tm), como descrito na seção de métodos, os autores concordam com os comentários, pois, da forma como está escrito, pode causar confusão. O dispositivo de monitoramento de PIA AbViser(tm) AutoValve(tm) é estéril, não invasivo e descartável. Fica acoplado à sonda vesical de demora de forma ininterrupta. Com o AbViser(tm), a medição é obtida em 1 a 3 minutos, e as medidas podem ser realizadas frequentemente, mas não de forma contínua.

Finalmente concordamos que são necessários novos estudos sobre a melhor rotina para monitorização de PIA em unidade de terapia intensiva, assim como estudos sobre a conduta mais adequada diante de valores alterados de PIA. A conscientização da equipe sobre o benefício dessa medida é válida, para guiar terapêuticas que não provoquem aumento da PIA(44 Malbrain ML. Is it wise not to think about intraabdominal hypertension in the ICU? Curr Opin Crit Care. 2004;10(2):132-45.) e minimizem disfunções orgânicas no paciente grave.

Thalita Bento Talizin Universidade Estadual de Londrina - Londrina (PR), Brasil.
Meiry Sayuri Tsuda Universidade Estadual de Londrina - Londrina (PR), Brasil.
Marcos Toshiyuki Tanita Universidade Estadual de Londrina - Londrina (PR), Brasil.
Ivanil Aparecida Moro Kauss Universidade Estadual de Londrina - Londrina (PR), Brasil.
Josiane Festti Universidade Estadual de Londrina - Londrina (PR), Brasil.
Cláudia Maria Dantas de Maio Carrilho Universidade Estadual de Londrina - Londrina (PR), Brasil.
Cintia Magalhães Carvalho Grion Universidade Estadual de Londrina - Londrina (PR), Brasil.
Lucienne Tibery Queiroz Cardoso Universidade Estadual de Londrina - Londrina (PR), Brasil.

REFERÊNCIAS

  • 1
    Talizin TB, Tsuda MS, Tanita MT, Kauss IA, Festti J, Carrilho CM, et al. Acute kidney injury and intra-abdominal hypertension in burn patients in intensive care. Rev Bras Ter Intensiva. 2018;30(1):15-20.
  • 2
    Sinha Ray A, Haikal A, Hammoud KA, Yu AS. Vancomycin and the risk of AKI: a systematic review and meta-analysis. Clin J Am Soc Nephrol. 2016;11(12):2132-40.
  • 3
    Cavalcanti AB, Goncalves AR, Almeida CS, Bugano DD, Silva E. Teicoplanin versus vancomycin for proven or suspected infection. Cochrane Database Syst Rev. 2010;(6):CD007022.
  • 4
    Malbrain ML. Is it wise not to think about intraabdominal hypertension in the ICU? Curr Opin Crit Care. 2004;10(2):132-45.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    14 Out 2019
  • Data do Fascículo
    Jul-Sep 2019
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