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Influência do nível de ruídos na percepção do estresse em pacientes cardíacos

OBJETIVO: Identificar os principais fatores geradores de estresse em pacientes internados em unidade coronariana e a influência do nível de ruídos na percepção de estresse dos mesmos. MÉTODOS: Estudo prospectivo, descritivo e quantitativo, realizado de junho a novembro de 2009 na Unidade Coronariana do Hospital de Clínicas da Unicamp. Para identificar os fatores estressantes foi utilizada a Escala de Estressores em Unidade de Terapia Intensiva (Intensive Care Unit Environmental Stressor Scale ICUESS) no primeiro, segundo e terceiro dias de internação. Na primeira e segunda noite de internação, foi mensurado o nível de ruído pelo decibelímetro marca Instrutherm - modelo DEC-460. RESULTADOS: Participaram do estudo 32 pacientes cardiopatas clínicos. A mediana para a Escala de Estressores em Unidade de Terapia Intensiva foi de 67,5, 60,5 e 59,5, no primeiro, segundo e terceiro dias respectivamente, não apresentando diferença estatisticamente significante entre os valores. O maior valor de nível de ruídos foi às 21 horas, da segunda noite com mediana de 58,7dB, e o me-nor, de 51,5dB à zero hora da primeira noite. Quando feita a regressão linear múltipla, o nível de ruídos da primeira noite teve correlação de 33% com a Escala de Estressores do segundo dia, e o nível de ruídos da segunda noite teve correlação de 32,8% com a Escala de Estressores do terceiro dia, com p=0,001. CONCLUSÃO: Pacientes internados em Unidade Coronariana apresentam maior percepção de estresse. O elevado nível de ruídos também é responsável pela percepção do estresse dos pacientes.

Cuidados críticos; Humanização da assistência; Cardiopatias; Unidades de terapia intensiva; Poluição sonora; Satisfação do paciente


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