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Árvores de Baginha (Stryphnodendron guianense (Aubl.) Benth.) em Ecossistemas de Pastagens Cultivadas na Amazônia Ocidental

Baginha Trees (Stryphnodendron guianense (Aubl.) Benth.) in Cultivated Pasture Ecosystems in the Western Amazon

Foi estudado o efeito de árvores isoladas de baginha (Stryphnodendron guianense (Aubl.) Benth.) sobre alguns aspectos do ecossistema de pastagens cultivadas na Amazônia Ocidental. Avaliaram-se, sob a copa das árvores e na área adjacente a pleno sol, a fertilidade do solo, a serapilheira, o teor de água no solo, a transmissão de luz ao pasto, a disponibilidade de forragem e as composições química e morfológica das gramíneas (mistura de Brachiaria decumbens e B. brizantha cv. Marandu). As árvores de baginha tiveram efeito positivo sobre a fertilidade do solo, notadamente com relação ao conteúdo de matéria orgânica e de nitrogênio, sendo a deposição de grande quantidade de serapilheira, rica em nitrogênio, a principal contribuição. A forragem sombreada apresentou maiores teores de N e K e menores de Ca, na fração folha verde, do que em áreas a pleno sol. As árvores de baginha apresentaram copa pouco densa, permitindo a transmissão de 27% da radiação fotossinteticamente ativa incidente ao meio-dia. A elevada cobertura do solo (superior a 85%) e a boa disponibilidade de forragem sob a copa da baginha, juntamente com outros atributos, confirmam o potencial desta leguminosa para arborização de pastagens e como componente de outras modalidades de sistemas silvipastoris no trópico úmido.

arborização; Brachiaria; leguminosa; sistemas silvipastoris; sombra; sustentabilidade


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