Considerando a importância do bioma Caatinga na pecuária da região semiárida brasileira, o presente trabalho objetivou apresentar informações sobre diferentes aspectos forrageiros de plantas da caatinga, com vistas à alimentação de ruminantes. A vegetação de caatinga é constituída por arbustos e árvores de pequeno porte, geralmente dotados de espinhos, sendo caducifólias, em sua maioria, perdendo suas folhas no início da estação seca. Complementam ainda a composição botânica desse bioma, cactáceas, bromeliáceas e um componente herbáceo, formado por gramíneas e dicotiledôneas, predominantemente anuais. Informações, principalmente sobre o aspecto quantitativo de plantas da caatinga, notadamente para o estrato herbáceo ainda são escassas. Dificuldades e desuniformidade de metodologias de avaliação, além de falta de detalhamento das metodologias utilizadas, dificultam a comparação de resultados quanto ao potencial forrageiro de algumas plantas. A fixação biológica de N atmosférico por espécies da caatinga até o momento foi pouco estudada, notadamente quanto aos aspectos quantitativos. Faz-se necessária uma avaliação mais profunda sobre a disponibilidade do nitrogênio, uma vez que parte deste pode estar ligado a parede celular (NIDA). A manipulação da caatinga é uma alternativa para modificar a quantidade e qualidade da forragem disponível aos animais, conseqüentemente modificar o desempenho animal. Estudos que mensurem as variações qualitativas e quantitativas das forrageiras nativas da Caatinga são primordiais para o manejo de suplementação alimentar, com vistas à sustentabilidade de produção animal em áreas de Caatinga.
aspecto quantitativo; composição química; planta nativa; semiárido