Objetivou-se avaliar o efeito do polimorfismo genético da kappa-caseína, da raça e da sazonalidade sobre as características físico-químicas, a composição e a estabilidade do leite bovino de rebanhos comerciais. Foram coletadas 879 amostras de leite e de sangue de 603 vacas da raça Holandesa e 276 da raça Girolando, obtidas durante as estações seca e chuvosa. As amostras de leite foram analisadas para determinação de características físico-químicas, de composição e de estabilidade ao etanol, e as amostras de sangue foram submetidas à reação em cadeia da polimerase para identificação do genótipo da kappa-caseína. As frequências dos genótipos AA, AB e BB da kappa-caseína foram, respectivamente, de 66,83; 31,84; e 1,33% para a raça Holandesa e 71,38; 27,90; e 0,72% para a Girolando. O alelo A foi mais frequente que o B, tanto para a raça Holandesa (0,827 e 0,173) quanto para a Girolando (0,853 e 0,147). Vacas dos genótipos AB e BB apresentaram maior teor de gordura no leite que as do genótipo AA. Houve interação entre raça e sazonalidade para a concentração de ureia do leite, com maiores concentrações para as raças Holandesa e Girolando, respectivamente, nas estações chuvosa e seca. Os teores de lactose, sólidos totais, proteína bruta, proteína verdadeira e caseína e a relação caseína/proteína verdadeira foram maiores durante o período seco, enquanto, durante a estação chuvosa, a contagem de células somáticas e os teores de nitrogênio ureico no leite foram maiores. Não houve associação entre a estabilidade do leite e os genótipos da kappacaseína, no entanto, o leite de vacas Holandesas é mais estável que o de vacas Girolando e, durante a estação chuvosa, apresenta maior estabilidade que na estação seca.
acidez titulável; crioscopia; prova de resistência ao álcool; reação em cadeia da polimerase; vaca leiteira; variante genética
