Objetivou-se avaliar os efeitos da suplementação com compostos nitrogenados sobre o consumo e a digestibilidade em bovinos em pastejo durante o período seco do ano. Foram utilizados cinco novilhos mestiços Holandês × Zebu, com peso vivo (PV) médio inicial de 236 kg, mantidos individualmente em piquetes de Brachiaria decumbens Stapf. (0,34 ha). Utilizou-se delineamento em quadrado latino 5 × 5, com cinco níveis de suplementação (0; 0,35; 0,75; 1,05; e 1,40 g de proteína bruta (PB)/kg PV) e cinco períodos experimentais. Como fonte de compostos nitrogenados empregou-se mistura de ureia, sulfato de amônia e albumina (4,5:0,5:1,0, respectivamente). Os níveis médios de PB nas dietas foram de 7,39; 8,92; 10,98; 12,55 e 13,62%, com base na matéria seca (MS), para os respectivos níveis de suplementação. Verificou-se relação do tipo linear-response-plateau (LRP) entre as estimativas de consumo e os níveis de PB da dieta. O comportamento do tipo LRP permitiu evidenciar aumento no consumo até níveis próximos a 9% de PB, com base na MS, a partir do qual houve estabilidade das estimativas. Os coeficientes de digestibilidade total e ruminal da MS e da fibra em detergente neutro e o nível de nutrientes digestíveis totais na dieta apresentaram relação linear e positiva com os níveis de PB na dieta. A concentração de nitrogênio amoniacal ruminal (NAR) aumentou de forma linear e positiva de acordo com os níveis de PB na dieta, com valor estimado de 8,00 mg NAR/dL, equivalente à otimização do consumo voluntário. A suplementação com compostos nitrogenados em quantidades que permitam elevar o teor de PB da dieta a níveis próximos a 9% proporciona otimização na utilização de forragem de baixa qualidade por bovinos em pastejo.
nitrogênio amoniacal ruminal; nitrogênio microbiano; suplementação; ureia
