A escassez de alevinos tem sido um dos principais pontos de estrangulamento para o avanço da aquicultura. No entanto, quando a produção de alevinos em quantidade e qualidade deixa de ser limitante, o setor produtivo normalmente apresenta rápido crescimento. Exemplos recentes de avanços em tecnologia de reprodução que resultaram no aumento da produção aquícola são os do pangasius (Pangasius sp.) e dourada (Sparus aurata). Dietas têm sido desenvolvidas para reprodutores de espécies marinhas com qualidade semelhante ou mesmo superior às tradicionais dietas à base de peixe. A composição lipídica, particularmente ômega-3 e ácidos graxos altamente insaturados "HUFAs", das dietas de reprodutores se reflete na composição e qualidade dos ovos. A qualidade da proteína e sua concentração na dieta também influenciam no sucesso reprodutivo e na qualidade dos ovos. A utilização de hôrmonios liberadores de gonadotrofinas (GnRHa) administrados por injeção ou como implantes de liberação lenta para a indução de desova tem sido amplamente utilizada. Nestas espécies o GnRHa estimula o avanço da maturação dos ovócitos fazendo com que a desova induzida ocorra com sucesso. Tem-se observado significantes avanços no desenvolvimento de microdietas elaboradas para larvas de peixes. Essas microdietas têm sido utilizadas com sucesso reduzindo a demanda das larvas por alimentos vivos como a artemia, e a qualidade de ambos alimentos tem sido melhorada com o uso de ácidos graxos. Não somente a quantidade de omega-3 HUFAs adicionada a uma dieta influência o crescimento de larvas, mas também a proporção dos ácidos graxos específicos. O enriquecimento de alimentos vivos com aminoácidos pode também melhorar o crescimento e a sobrevivência de larvas de peixes.
alimentos para larvas; aquicultura; desova induzida; manejo de larvicultura; nutrição de reprodutores