Temnocephala minutocirrus sp. nov., ectosimbionte sobre Cryphocricos granulosus De Carlo, 1967, é descrita para o Estado do Rio Grande do Sul. Cento e nove naucorídeos foram examinados, dos quais 36 (33%) estavam positivos para esta espécie do gênero Temnocephala Blanchard, 1849. Em uma amostra de 94 hemípteros, 49 (52%) eram ninfas de 4º instar, das quais, 6% estavam infestadas; 45 (48%) eram adultos, braquípteros 40 (18 machos e 22 fêmeas) ou macrópteros 5 (1 macho e 4 fêmeas), 67% dos quais estavam infestados (29% machos e 38% fêmeas), para esta espécie de temnocefalídeo. Ovos dos temnocefalídeos estavam fixados na face ventral do hemíptero, sobre as coxas, trocânteres e esterno, entre o primeiro, segundo e terceiro pares de pernas e na face dorsal, sobre o escutelo, clavo e hemiélitros. Temnocefalídeos juvenis e adultos sempre se apresentaram sem pigmentação corporal. Os caracteres mais distintivos da nova espécie são: 1) cirro muito curto, levemente curvo, com o 'introvert' correspondendo a 37% do comprimento total; 2) placas dorsolaterais, sinciciais 'excretoras' elípticas, com poro excretor equatorial, próximo do limite interno da placa; 3) dois pares de 'grandes glândulas do disco' (paranefrócitos?) centrais, imediatamente à frente dos testículos; 4) testículos relativamente grandes, mas desiguais em tamanho, par anterior menor, sempre na mesma zona, aqueles do mesmo lado, parcialmente sobrepostos; e 5) vagina com parede muscular fracamente desenvolvida e sem esfíncteres musculares.
América do Sul; ectocomensais; Região Neotropical; Rio Grande do Sul; taxonomia