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Temnocephala lutzi Monticelli (Platyhelminthes, Temnocephalida) ectosimbionte sobre duas espécies de Trichodactylus Latreille (Crustacea, Decapoda, Trichodactylidae) da região sul do Brasil

Temnocephala lutzi Monticelli, 1913, ectosimbionte sobre caranguejos braquiúros de água doce do gênero Trichodactylus Latreille, 1828, é assinalada pela primeira vez no Estado do Rio Grande do Sul, região sul do Brasil. Duzentos e setenta e nove caranguejos foram examinados: 211 de Trichodactylus panoplus (von Martens, 1869) e 68 de Trichodactylus fluviatilis Latreille, 1828, dos quais 51 (24,17%) e 28 (41,17%) estavam positivos para T. lutzi, respectivamente. Caranguejos das duas espécies apresentaram posturas de T. lutzi com os ovos fixados, exclusivamente, no interior das câmaras branquiais, sobre o assoalho e/ou na face interna das brânquias. Espécimes juvenis e adultos foram encontrados dentro e fora das câmaras branquiais. Os temnocefalídeos sempre se apresentaram sem pigmento corporal, embora o pigmento vermelho dos olhos tenha sido preservado nos espécimes fixados em formalina. Os cirros em T. lutzi apresentaram-se com a forma típica da espécie, as placas sinciciais dorsolaterais, pós-tentaculares 'excretoras', demonstradas através de duas técnicas especiais (nitrato de prata e MEV), apresentaram a forma elíptica com o nefridióporo central.

América do Sul; Brachyura; ectocomensais; região Neotropical; Rio Grande do Sul; taxonomia


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