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Demografia do marsupial Didelphis aurita (Didelphimorphia: Didelphidae) durante nove anos utilizando-se tábuas de vida

Uma população de gambás, Didelphis aurita Wied-Neuwied 1826, foi estudada de 1997 a 2006 por captura, marcação e recaptura numa área de Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro. Foram estabelecidas coortes, incluindo apenas fêmeas marcadas ainda no marsúpio, classificando-as em cinco classes etárias. Os parâmetros populacionais foram calculados através de tábuas de vida horizontais. A maior mortalidade ocorreu entre as classes etárias I e II, logo após o desmame, sendo que a sobrevivência apresentou uma curva do tipo III. A taxa de fecundidade foi inversamente correlacionada com a sobrevida, o valor reprodutivo inversamente correlacionado com a mortalidade e o valor reprodutivo residual inversamente correlacionado com a taxa de fecundidade. A taxa intrínseca de crescimento sempre esteve próxima de zero, porem ligeiramente negativa. O gambá mostrou-se um bom modelo de mamífero para este tipo de estudo.

Coorte; fatores intrínsecos; Mata Atlântica; pequenos mamíferos; sobrevivência


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