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Comportamento alimentar do peixe antártico Notothenia rossii (Perciformes: Nototheniidae) em diferentes fotoperíodos e a morfologia funcional das estruturas quimio-foto sensoriais usadas na detecção do alimento

A capacidade de Notothenia rossii Richardson, 1844 detectar presas in diferentes fotoperíodos (24L, 24D e 12L/12D) foi estudada em tanques experimentais. Em 12L/12D houve um maior número de indivíduos estimulados visual e quimicamente enquanto que em 24D a percepção química foi a mesma que a observada em 12L/12D, sendo este ultimo inferior a 24L. A morfologia das estruturas quimio-foto sensoriais, envolvidas na detecção do alimento, foi estudada. As células fotorreceptoras da retina são os cones simples e duplos e os bastonetes. Os botões concentraram-se na região central dos lábios superior e inferior. Seu formato é constante, mas o tamanho é variável. A rosseta olfatória possui um epitélio sensorial e não sensorial rico mucosubstâncias de natureza diversa. Podemos concluir que em diferentes fotoperíodos existe uma diferença de resposta na estimulação visual e química para a detecção de persas e todo o sistema sensorial são mais estimulados em períodos de maior luminosidade, principalmente quando existe uma alternância entre períodos de luz e escuro. Os órgãos sensoriais são complexos quando comparados com outros peixes antárticos como Gobionotothen gibberifrons Lönnberg, 1905 e Ophthalmolycus amberensis Tomo, Marshoff & Torno, 1977) mas similar a Notothenia coriiceps Richardson, 1844.

Fotorrecepção; microscopia; quimiorrecepção


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