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Movimento retinomotor do peixe antártico Trematomus newnesi Boulenger submetido a diferentes condições fóticas

O peixe antártico Trematoms newnesi (Boulenger, 1902) vive em habitats benticos à pelágicos, em condições fóticas que variam sazonalmente e diariamente, induzindo os movimentos retinomotores. Peixes foram mantidos experimentalmente, durante sete dias, sob luz ou escuro constante, e 12 horas luz/12 horas escuro. O movimento retinomotor do epitélio pigmentar foi estabelecido através do índice de pigmento enquanto que o dos cones foi calculado através do comprimento do mióide. O movimento retinomotor do epitélio pigmentar de T.newnesirevelou que a adaptação à luz constante ocorreu na primeira hora de exposição, permanecendo constante para os próximos sete dias. No entanto, a adaptação para o escuro constante foi mais lenta. A diferença entre a média dos valores dos índices de pigmento nos intervalos de tempo foi significativa nas primeiras quatro horas de exposição ao escuro e somente seis horas após não houve mais diferença significativa entre os tempos. O mióide dos cones alonga-se no escuro e contrai-se no claro. Nos experimentos onde T.newnesi foi submetido a 12 horas luz seguido por 12 horas escuro foi evidenciado que a velocidade e a intensidade dos movimentos retinomotores foi maior quando o animal passa do escuro para a luz do que quando passa da luz para o escuro.

Fotorreceptores; retina; variação fótica


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