RESUMO
O ataque de pássaros ao girassol pode dificultar a exploração do girassol no semiárido brasileiro. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos de níveis (0, 33, 66 e 100%) de proteção dos capítulos de oito cultivares de girassol, avaliadas em blocos casualizados com parcelas subdivididas e quatro repetições. As cultivares foram aplicadas nas parcelas e, nas subparcelas, foram aplicados os níveis de proteção, cobrindo-se os capítulos com toucas de tecido não tecido, após a maturação fisiológica. A espécie de pássaro mais frequente foi a Paroaria dominicana. A cultivar Aguará 06 foi a mais produtiva e mais tolerante ao ataque de pássaros, seguida pelas cultivares Helio 250, CF 101 e Charrua. Foi positiva a correlação entre: perda de rendimento (PR), devida aos pássaros, e o período para a floração; PR e o período para a maturação fisiológica; PR e o diâmetro do capítulo; PR e o diâmetro do caule; PR e a altura da planta; PR e o ângulo do capítulo com o caule; e entre PR e a distância do capítulo ao solo. Correlação negativa e ausência de correlação foram observadas entre PR e o número de folhas e entre PR e distância do capítulo ao caule, respectivamente. Os efeitos da proteção dos capítulos foram similares no rendimento de grãos das cultivares testadas. O uso das toucas foi eficiente, pois o aumento da proporção de capítulos protegidos determinou aumentos no rendimento de grãos, no número de grãos por capítulo e na massa de 1000 grãos. Esses aumentos ocorreram até determinadas proporções, a partir das quais ocorreram decréscimos nas três características.
Palavras-chave: Helianthus annuus; Paroaria dominicana; Proteção dos capítulos; Correlação fenotípica; Melhoramento genético