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Utilização de sensoriamento remoto para identificação de áreas em risco de degradação na região semiárida

RESUMO

Um dos procedimentos mais eficazes na avaliação de áreas degradadas tem sido o uso do sensoriamento remoto. Este trabalho objetivou avaliar a dinâmica temporal do NDVI e da precipitação pluviométrica na detecção de degradação dos recursos naturais em uma região semiárida do Brasil. A área estudada localiza-se a oeste do município de Tauá, estado do Ceará, com predomínio de floresta caatinga arbustiva. As informações de precipitação foram obtidas junto à FUNCEME. Foram adquiridas 10 imagens (estação seca) de uma série histórica de 27 anos (1985-2011) do sensor TM/LANDSAT5, posteriormente convertidas em reflectância de superfície por meio da extensão FLAASH/ENVI e obtidas os índices NDVI, segmentados em 6 classes conforme o uso e ocupação do solo. Os valores médios das classes de NDVI foram submetidos à análise estatística e confrontados pelo Teste T (p<0,05) e matriz de correlação de Pearson. Observou-se que nos anos com precipitação pluviométrica acima da média histórica (1985-1993 e 1996-2004) houve significativo acréscimo de áreas degradas representadas por baixo NDVI (entre 0 e 0,4), decorrentes do avanço de terras incorporadas à agricultura de subsistência. No entanto, em períodos de estiagem (1993-1996 e 2004-2011), constatou-se comportamento inverso, caracterizado pela regeneração natural do estrato arbustivo-arbóreo em decorrência do abandono das áreas agrícolas, comportamento evidenciado por incrementos de até 1.807% da classe de NDVI moderadamente alta (entre 0,6 e 0,8). Portanto, a dinâmica espaço-temporal do NDVI e da precipitação pluviométrica contribuíram para detecção de evidências do processo de degradação do bioma caatinga numa área no município de Tauá, estado do Ceará.

Palavras-chave:
NDVI; Caatinga; Landsat TM5; Desertificação

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