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Padrões de chuva e a contribuição da serapilheira em uma floresta tropical seca caatinga

O presente estudo foi desenvolvido a fim de investigar a dinâmica do regime pluviométrico na produção e taxa de decomposição da serapilheira do bioma caatinga. Para tanto, empregou-se uma série histórica de 30 anos (1981-2010) e os indicadores considerados foram Índice de irregularidade pluviométrica e Índice de umidade e dias consecutivos úmidos e secos. As coletas de serapilheira foram realizadas mensalmente por um período de 2 anos (2009-2010) em 20 pontos distintos, totalizando 480 amostras. Foram amostrados todos os indivíduos vivos com diâmetro do caule > 0,03 m e altura > 1 m, sendo identificados 562 indivíduos em 25 espécies registradas. O índice de irregularidade pluviométrica anual, avaliado na série, foi de 8,45, com precipitação máxima de 1.763,9 mm (1985) e mínima de 208,8 mm (1983). A diferença da precipitação anual entre os anos 2009/2010 foi de 787,9 mm e o ano de 2010 apresentou uma maior variabilidade temporal quando comparado com 2009. De acordo com o índice de umidade os mesmo foram enquadrados nas classes muito úmida e muito seca, respectivamente. A precipitação total anual influenciou a produção de serapilheira anual com 6.034,22 kg ha-1 e 3.311,96 kg ha-1, para os anos de 2009 e 2010, respectivamente. A distribuição temporal das chuvas antecipa a senescência das folhas. Em 2010 foram contabilizados 8 veranicos e principalmente os que ocorreram nos meses de maio e junho anteciparam a queda das folhas, praticamente em 60 dias, expressando que a distribuição temporal das chuvas, antecipa a senescência das folhas.

Índices pluviométricos; Veranicos; Levantamento florístico do Bioma Caatinga; Serapilheira-decomposição


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