RESUMO
Avaliações visuais dos níveis de degradação das pastagens se difundem pela rapidez, praticidade e baixo custo. No entanto, podem ser subjetivas, interferindo na distinção dos níveis de degradação e na definição de práticas de manejo. Tal fato, associado à falta de padronização do número de níveis e épocas de avaliação, indica a necessidade de mais estudos. Dessa forma, objetivou-se avaliara relação entre níveis de degradação das pastagens separados visualmente e a cobertura do solo mensurada a campo no verão e inverno. Percentagens de capim-braquiária, solo exposto, vegetação espontânea (de folha larga e estreita) e cobertura morta foram avaliadas em 35 áreas com diferentes níveis de degradação visual. A Análise Discriminante Canônica demonstrou que ao diminuir os níveis de degradação visualmente avaliados, obtém-se melhor validação com a cobertura do solo mensurada diretamente a campo no período de verão. A ambiguidade visual entre plantas espontâneas e pastagens nos dois períodos avaliados, assim como do solo exposto e cobertura morta no inverno, dificulta a separação visual dos níveis de degradação. Avaliações visuais da degradação das pastagens devem ser padronizadas no período de verão e simplificadas em dois níveis de degradação, tornando-as mais acuradas e melhor relacionadas com a cobertura vegetal mensurada diretamente a campo.
Palavras-chave:
Brachiaria spp; Solo exposto; Análise multivariada; Indicadores de qualidade