RESUMO
O objetivo deste trabalho foi determinar o efeito de porta-enxertos de Spondias na formação de mudas enxertadas de cajazeira. O experimento foi instalado no Campo Experimental da Embrapa, em Pacajus-CE no delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos (porta-enxertos), cinco repetições e dez mudas/parcela. Os porta-enxertos de pé-franco de umbuzeiro (S. tuberosa) e das cajazeiras (S. macrocarpa, S. mombin e S. venulosa) foram formados em sacos de polietileno (15 x 28 cm x 0,15 mm), cheios com mistura de Areia Quartzosa+solo hidromórfico+esterco bovino curtido (2:2:1, v/v). A garfagem foi feita a 6 cm do colo de porta-enxertos com 80 dias de idade. Os garfos foram retirados de ramos apicais de plantas adultas caducas de cajazeira do clone Itaitinga. Após as enxertias, os garfos foram protegidos com sacos plásticos transparentes (4 x 16 cm) e as mudas permaneceram em viveiro coberto com sombrite 50% por 64 dias, quando avaliaram-se as percentagens de enxertos pegos, de mudas aptas para plantio, número de folhas e folíolos. O pegamento da enxertia e a percentagem de mudas aptas para plantio foi de 90% sobre os porta-enxertos de umbuzeiro e das cajazeiras (S. mombin e S. venulosa), as quais não diferiram estatisticamente entre si. O maior pegamento de enxertos e de mudas aptas para plantio foi sobre umbuzeiro (S. tuberosa) e as cajazeiras (S. mombin e S. venulosa). A pega da enxertia sobre S. macrocarpa foi baixíssima em razão de alguma incompatibilidade e não deve ser usado como porta-enxerto da cajazeira.
Palavras-chave:
Propagação; Enxertia; Cajá Taperebá
