RESUMO
O objetivo deste trabalho foi avaliar a composição química da casca de coco verde triturada e seus efeitos nos atributos do solo. Os tratamentos consistiram em áreas que receberam o resíduo e apresentaram diferenças no tempo de reação com o solo: 1 (T1); 12 (T2); 36 (T3) e 72 meses (T4) e outra área, onde não foi aplicado o resíduo (T5). Amostras de resíduos remanescentes na superfície do solo foram coletadas para avaliação da composição química e de solos para análise química, atividade microbiana e de fungos micorrízicos arbusculares. Os teores de nutrientes e sódio permaneceram as mesmas ao longo do tempo, fornecendo, em ordem de magnitude, a contribuição de C > K > N > Ca > Mg > Na > P > S > Fe > Mn > Zn > Cu para o solo. Nos períodos avaliados houve aumento na disponibilidade de elementos, como N, P, K e Na, e aumento na soma de bases e na capacidade de troca catiônica do solo. Durante o período mais longo avaliado houve aumento da atividade da biomassa microbiana, medida pela respiração edáfica e pelos quocientes metabólico e de mineralização. Com o passar do tempo houve variações nas comunidades de fungos micorrízicos arbusculares, mas isso não afetou a diversidade de espécies de fungos. Os morfotipos de esporos prevalentes foram de Acaulospora laevis, A. scrobiculata e Claroideoglomus etunicatum. A aplicação de 100 t ha-1 de casca de coco verde triturada promove mudanças nos atributos químicos e microbiológicos do solo, principalmente nos primeiros meses de aplicação do resíduo. Sugere-se reaplicar o resíduo 36 meses após a aplicação.
Palavras-chave:
Cocos nucifera
; Resíduo lignocelulósico; Resíduos agroindustriais; Qualidade do solo