RESUMO
Espigas verdes de milho são muito apreciadas em todo o Brasil e alcançam preços superiores aos dos grãos secos. Fato semelhante ocorre com os grãos verdes de feijão-caupi, que são muito apreciados nas regiões Norte e Nordeste desse país. Objetivou-se identificar cultivares de milho e de feijão-caupi que possam ser cultivadas no estado do Pará, em monocultivo ou em consórcio, para produção de grãos verdes. Um experimento foi realizado no delineamento de blocos casualizados com seis repetições, em Marabá-PA. Monocultivos de variedades tradicionais de feijão-caupi (Corujinha e Sempre Verde) e de cultivares de milho (AG 1051 e AL Bandeirante) e quatro consórcios, em fileiras alternadas, das combinações das variedades e cultivares foram avaliados. A cultivar AG 1051 foi mais produtiva do que a cultivar AL Bandeirante, em monocultivo e em consorciação. As cultivares de feijão-caupi apresentaram desempenhos semelhantes nos dois sistemas de cultivo. Não houve interação cultivares de milho x cultivares de feijão-caupi. Os monocultivos foram superiores aos consórcios, quanto aos rendimentos de espigas verdes e de vagens e grãos verdes. Considerando-se a eficiência do uso da terra, se a exploração visar a produção de vagens verdes, a consorciação somente será proveitosa na combinação AG 1051 + Corujinha. Se a exploração visar o rendimento de grãos verdes de feijão-caupi, a consorciação será vantajosa com a cultivar AG 1051 for combinada com qualquer cultivar de feijão-caupi. O consórcio envolvendo a cultivar AL Bandeirante somente será proveitoso com a cultivar Corujinha e se a exploração do milho visar espigas verdes empalhadas comercializáveis.
Palavras-chave:
Zea mays; Vigna unguiculata; Milho verde; Feijão verde; Uso eficiente da terra