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Cultivo da tilápia do Nilo em diferentes salinidades utilizando o sistema de bioflocos

RESUMO

A influência da salinidade da água no cultivo da tilápia do Nilo com bioflocos foi avaliada por meio de indicadores de qualidade da água, desempenho zootécnico e bem-estar animal. Foram adotados cinco tratamentos, envolvendo salinidades (0, 4, 8, 12 e 16 g L-1) com três repetições. As tilápias foram cultivadas por 90 dias e estocadas em tanques de fibra de vidro (800 L), numa densidade de 30 peixes m-3 e com peso médio inicial de 93,8 ± 0,89 g. A temperatura da água, clorofila-a, sólidos sedimentáveis e sólidos suspensos totais não diferiram entre as salinidades (p>0,05). Os níveis de nitrogênio da amônia total (3,94 mg L-1) e do nitrito (0,82 mg L-1) foram menores na salinidade 0 g L-1, em comparação à maior salinidade (16 g L-1) (p≤0,05). O peso final variou de 256 a 280 g, com uma sobrevivência de 97 a 100% (p>0,05), que resultou em produtividades entre 7,4 e 8,4 Kg m-3 (p≤0,05). A glicose esteve acima do valor indicado como basal (≤60 mg dL-1) no tratamento 16 g L-1 (76 mg dL-1) e o crescimento dos peixes nas salinidades 8 e 12 g L-1 indicou alometria positiva (3,020), comparando-se aos demais tratamentos. Desta forma, constatou-se a possibilidade de cultivar a tilápia do Nilo em salinidades de até 16 g L-1, sem comprometer o desempenho do cultivo.

Palavras-chave:
Piscicultura; Água salobra; Floco microbiano; Oreochromis niloticus

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