RESUMO
O alho é uma hortaliça que possui grande importância econômica mundial, podendo ser consumido de forma in natura ou industrializado. Mesmo assim, poucos trabalhos envolvendo a análise da qualidade pós-colheita são encontrados. Desta forma, é necessário estabelecer práticas e métodos de cultivo que visem à obtenção não só do aumento da produtividade, mas também, de um produto de melhor qualidade pós-colheita. O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade de bulbos de alho nobre convencional e livre de vírus em função do tamanho do bulbilho e do espaçamento entre plantas. Dois experimentos foram conduzidos simultaneamente, utilizando alho livre de vírus e convencional, em Portalegre-RN. O delineamento experimental adotado, em ambos os experimentos, foi de blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos foram dispostos em parcelas subdivididas, sendo as parcelas representadas pelo tamanho dos bulbilhos: grande e pequeno. As subparcelas foram compostas por quatro espaçamentos entre plantas: 7,5; 10,0; 12,5 e 15,0 cm. O uso de bulbilho grande proporcionou maior diâmetro de bulbo e acidez titulável. Os teores de sólidos solúveis, açúcares solúveis totais, relação SS/AT e sólidos totais diminuíram com o aumento dos espaçamentos entre plantas, independente da sanidade e tamanho de bulbilho utilizado. O alho livre de vírus e os espaçamentos entre 12,5 e 15,0 cm promoveram maior diâmetro de bulbos, acidez titulável, pungência e índice industrial, possibilitando a produção de bulbos com melhor qualidade e com boas perspectivas para a industrialização.
Palavras-chave:
Allium sativum L; Sólidos solúveis; Pungência; Índice industrial