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Trauma hepático com tratamento operatório: fatores associados ao aumento do tempo de hospitalização

RESUMO

Objetivo:

identificar fatores associados ao aumento do tempo de hospitalização de pacientes submetidos a tratamento cirúrgico por trauma hepático e descrever preditores de mortalidade, assim como a epidemiologia desse trauma.

Métodos:

estudo retrospectivo de 191 pacientes admitidos no Hospital Universitário Cajuru, referência no atendimento de politraumatizados, no período entre 2010 e 2017, com variáveis epidemiológicas, clinicopatológicas, terapêuticas analisadas por meio do programa STATA versão 15.0.

Resultados:

maioria dos pacientes incluídos eram homens com média de idade de 29 anos. Ferimento por arma de fogo representou o mecanismo de trauma mais comum. O lobo hepático direito foi lesado em 51,2% dos casos e hepatorrafia foi a correção cirúrgica mais empregada. O tempo de internamento hospitalar foi em média de 11(0-78) dias e o tempo de internação em unidade de terapia intensiva de 5 (0-52) dias. Preditores de maior tempo de hospitalização foram mecanismo de trauma, instabilidade hemodinâmica à admissão, número de lesões associadas, grau da lesão hepática e lobo acometido, técnica cirúrgica empregada, presença de complicações, necessidade de reoperação e outros procedimentos cirúrgicos. Taxa de mortalidade foi de 22,7%.

Conclusões:

o estudo corroborou a epidemiologia descrita na literatura. Maior gravidade do trauma hepático e das lesões associadas caracterizam os pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico, que apresentam aumento de tempo de hospitalização devido a trauma penetrante, instabilidade hemodinâmica, tamponamento hepático, complicações e reoperações.

Palavras chave:
Fígado; Ferimento e Lesões; Traumatismos Abdominais; Tempo de Internação

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