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Estudo prospectivo do Ângulo Pubo Bicrista Ilíaca através da reconstrução 3D da pelve óssea e a correlação com a hérnia incisional gigante

RESUMO

Objetivo:

descrever e medir o Ângulo Pubo Bicrista Iliaca (APBCI) como novo parâmetro antropométrico. Correlacionar a medida com portadores de hérnia incisional gigante (HIG), da linha média da parede anterior do abdome (PAA).

Métodos:

medida do APBCI, através de reconstrução 3D a partir de tomografia computadorizada (TC). Realização de medidas por dois observadores, R e C, em 246 mulheres e 60 homens, adultos normais, afim de obter a medida do APBCI e sua correlação em portadores de HIG da PAA.

Resultados:

após cálculos de amostra, a medida do APBCI nos homens: 92,5+6,3º a 93,8+6,7º; nas mulheres: 90+6,7º a 94,3+6,8º [p-valor 0,337(R)/0,628(C)]. A média de idade foi de 57,9+15,9 anos (22 a 91 anos). Gênero feminino 57+15,7 anos (22 a 91 anos) e o masculino 61,7+16,5 anos (23 a 89 anos) p=0,067. Quanto à distribuição das faixas de 5 em 5 graus, inexiste diferença na distribuição do ângulo [p-valor 0,455(R)/0,672(C)]. A correlação idade e o ângulo demonstrou que quanto maior a idade, maior o APBCI. Não houve variabilidade entre as medidas do ângulo: 0,97 (IC95% 0,97; 0,98). Nos homens com HIG, a média está entre 108,3+5,37º (102,92º a 113,67º), e nas mulheres 107,8+6,64 (101,16º a 114,44º).

Conclusão:

o estudo permitiu concluir que a HIG não é apenas um defeito da PAA isolado. Determina alterações esqueléticas, na medida que o APBCI sofre a influência quanto ao afastamento das cristas ilíacas.

Palavras-chave:
Hernia Incisional; Anatomia; Ossos; Cirurgia; Parede Abdominal

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