OBJETIVO:
avaliar a relação entre a doença arterial obstrutiva periférica e níveis elevados de proteína C-reativa em população nipo-brasileira de alto risco cardiovascular.
MÉTODOS:
estudo transversal derivado de estudo de base populacional sobre a prevalência de diabetes e doenças associadas em população nipo-brasileira. Mil trezentos e trinta indivíduos com idade >30 foram submetidos a exame clínico e laboratorial, incluindo a dosagem da proteína C-reativa ultrassensível. O diagnóstico da doença arterial obstrutiva periférica foi realizado através do cálculo do índice tornozelo-braço. Foram considerados portadores de doença arterial obstrutiva periférica os pacientes que apresentaram índice tornozelo-braço <0,9. Após aplicação dos critérios de exclusão, 1038 indivíduos completaram o estudo.
RESULTADOS:
a média de idade da população foi 56,8 anos, 46% pertencentes ao sexo masculino. A prevalência da doença arterial obstrutiva periférica foi 21%, sem diferença entre os sexos. A análise dos dados não mostrou associação entre doença arterial obstrutiva periférica e proteína C-reativa ultrassensível. Os pacientes com índice tornozelo-braço <0,70 apresentaram valores mais elevados de proteína C-reativa ultrassensível e o pior perfil cardiometabólico. Encontramos associação positiva e independente da doença arterial obstrutiva periférica com hipertensão arterial e tabagismo. .
CONCLUSÃO:
a associação encontrada entre valores baixos de índice tornozelo-braço e níveis elevados de proteína C-reativa ultrassensível pode sugerir uma relação de gravidade auxiliando mapeamento dos pacientes de maior risco.
Doença arterial periférica; Proteína C-reativa; Aterosclerose; Homocisteina