RESUMO
A hérnia incisional é uma das complicações tardias mais frequentes, após operações abdominais, resultando em alta morbidade. O tratamento tem sido feito tanto por técnicas abertas, com telas ou sem, quanto por métodos laparoscópicos e robóticos, que utilizam próteses de forma sistemática. No entanto, a introdução de um corpo estranho permanente entre os tecidos requer mais tempo cirúrgico, não fecha o defeito parietal na maioria dos casos e está associado a maior risco de infecções. Novas tecnologias têm sido utilizadas para melhorar esses resultados, empregando próteses absorvíveis (biológicas ou sintéticas), mas o alto custo e as recidivas continuam sendo um grave problema. No entanto, a reparação padrão rotineiramente estabelece reforço com telas, seja na abordagem tradicional ou minimamente invasiva. Os autores relatam o primeiro caso do reparo endoscópico de hérnia incisional, usando técnica brasileira com 50 anos de idade: a transposição com o saco herniário, conforme proposta pelo Prof. Alcino Lázaro da Silva, em 1971.
Palavras chave:
Laparoscopia; Hérnia Ventral; Bioprótese; Peritônio; Herniorrafia