RESUMO
Um dos principais desafios no manejo clínico do câncer de próstata é identificar qual tumor é agressivo e precisa de tratamento invasivo. Assim, ser capaz de prever qual irá progredir para recorrência bioquímica é uma ótima estratégia para estratificar pacientes com câncer de próstata. Pensando nisso, criamos uma fórmula matemática que leva em consideração os dados clínicos e patológicos resultando em uma variável quantitativa, denominada densidade de PSA da lesão, que tem potencial para predizer recidiva bioquímica. Para testar se nossa variável é capaz de predizer recorrência bioquímica, usamos uma coorte de 219 pacientes com câncer de próstata, associando nossas variáveis e parâmetros clássicos como a recorrência bioquímica. PSA total, peso da lesão, volume e densidade de PSA clássico foram associados com recorrência bioquímica (p<0,05). O escore ISUP também foi associado à recorrência bioquímica na biópsia e na amostra cirúrgica (p<0,001). O aumento da densidade do PSA da lesão foi significativamente associado à recidiva bioquímica (p=0,03). As variáveis ??derivadas da fórmula, PSA 15% e PSA 152, também foram associadas positivamente à recorrência bioquímica (p=0,01 e p=0,002 respectivamente). A análise de regressão logística mostra que a densidade do PSA clássico, do PSA da lesão e PSA total, juntos, podem explicar até 13% dos casos de recorrência. A densidade de PSA da lesão por si só poderia explicar até 7% dos casos de recorrência. Em conclusão, esta nova abordagem matemática pode ser uma ferramenta útil para prever a recorrência da doença no câncer de próstata.
Palavras-chave:
Recidiva; Prognóstico; Neoplasias da Próstata; Antígeno Prostático Específico