RESUMO
Objetivo:
avaliar a presença de lesões anais subclínicas HPV-induzidas com citologia anal, colposcopia anal e genotipagem de HPV por reação em cadeia da polimerase (PCR) no seguimento de condilomas anais tratados.
Método:
foram incluídos 79 pacientes do sexo masculino. Após um mês da erradicação de lesões condilomatosas anais, os participantes voltaram em consulta para coleta de amostras com escova para citologia anal e PCR, e colposcopia anal com biópsia de lesões acetobrancas. Os métodos de detecção das lesões foram comparados entre os pacientes e entre grupos, de acordo com o status de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV): HIV-negativo; HIV-positivo com TCD4 acima ou abaixo de 350 células/mm3.
Resultados:
os tipos de HPV mais frequentes foram 6 e 16. Infecção pelo HIV foi associada a maior número de tipos de HPV oncogênicos (p=0,038). Todos os pacientes com PCR negativo apresentaram colposcopia e citologia negativos. Não houve diferença nos achados citológico, colposcópico ou histopatológico entre grupos.
Conclusão:
a associação dos achados citopatológico, colposcópico e PCR melhorou a acurácia do diagnóstico de lesões anais HPV-induzidas. O grau de imunodeficiência não foi associado a maior frequência de lesões anais HPV-induzidas remanescentes.
Palavras chave:
Testes de DNA para Papilomavirus Humano; Condiloma Acuminado; Neoplasia do Ânus; Reação em Cadeia da Polimerase; Transformação Celular Viral