RESUMO
Objetivo:
avaliar as respostas de pacientes e fatores associados quanto a itens do checklist de cirurgia segura. Identificar o uso antes e após a implantação de um protocolo a partir dos registros.
Métodos:
estudo de coorte realizado entre 2014-2016 com 397 pessoas na etapa I e 257 na etapa II, 12 meses depois da implementação, totalizando 654 pacientes. Os dados foram obtidos mediante entrevista estruturada. Paralelamente, realizaram-se 450 avaliações de checklist em prontuários de instituições públicas de saúde, da Região de Saúde Sudoeste II, Goiás.
Resultados:
seis itens foram avaliados da lista, e todos apresentaram diferenças (p < 0,000). Em 69,9% dos prontuários continham o checklist na etapa I, e, após a capacitação, foi identificado em 96,5% dos registros, tendo melhor completude. O checklist, foi associado à cirurgia realizada na segunda etapa, depois da ação educativa, (RP; 1,38; IC95%: 1,25-1,51; p < 0,000), ao hospital de médio porte, (RP; 1,11; IC95%; 1,0-1,17; p < 0,001); sexo masculino (RP; 1,07; IC95%; 1,0-1,14; p < 0,010), tipo de cirurgia, (RP; 1,7; IC95%: 1,07-1,14; p < 0,014) e antibioticoprofilaxia de 30 a 60 min após a incisão (RP; 1,10; IC95%: 1,04-1,17; p < 0,000) e 30 a 60 min após o término da cirurgia (RP; 1,23; IC95%: 1,04-1,45; p = 0,015).
Conclusões:
a estratégia de implantação do checklist de cirurgia segura nas instituições de pequeno e médio foram relevantes e associadas a uma melhoria a partir das respostas dos pacientes, na disponibilização e maior completude dos dados.
Palavras chave:
Lista de Checagem; Segurança do Paciente; Procedimentos Cirúrgicos Operatórios