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Comparação da gravidade da doença hepática gordurosa não alcoólica de pacientes obesos diabéticos e não diabéticos

RESUMO

Introdução:

a doença hepática gordurosa não alcoólica apresenta um amplo espectro de alterações histopatológicas, desde a esteatose até a cirrose hepática. Pacientes com diabetes Mellitus (DMT2) têm risco aumentado para incidência e gravidade dessa doença.

Objetivo:

determinar a prevalência e a gravidade da DHGNA em pacientes obesos diabéticos e não diabéticos submetidos à cirurgia bariátrica.

Pacientes e Métodos:

avaliação das biópsias hepáticas através do NAFLD activity score (NAS) para avaliação quanto ao grau de esteatose hepática, à presença de balonização, à atividade da inflamação e ao grau de fibrose.

Resultados:

foram observados 154 pacientes submetidos à cirurgia bariátrica com biópsia transoperatória concomitante, divididos em duas faixas de IMC, de 35 a 44.9kg/m² e de 45 a 54.9kg/m². Dos 154 pacientes, 32 (20,8%) eram diabéticos e 122 (79,2%) eram não diabéticos. Os pacientes com DMT2 eram significativamente mais velhos, 41,29 ± 9,40 anos vs 36,71±10,13 anos, no grupo com IMC de 35 a 44.9kg/m² (p=0,049) e 45,13 ± 7,10 anos vs 37,00 ± 9,24 anos no grupo com IMC de 45 a 54.9kg/m² (p=0,024). Na avaliação histológica realizada, os pacientes com DMT2 do grupo com IMC de 35 a 44.9 apresentaram forte associação com maior prevalência e gravidade de estetose, balonização, inflamação, fibrose e esteato-hepatite.

Conclusão:

os dados deste estudo confirmam prevalência elevada de DHGNA em pacientes com obesidade mórbida. A prevalência e a gravidade aumentam proporcionalmente ao IMC e com a presença de DMT2.

Palavras chave:
Hepatopatia Gordurosa não Alcoólica; Cirrose Hepática; Diabetes Mellitus; Obesidade Mórbida; Cirurgia Bariátrica

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